Acusação de fraude contra Shakira não é a primeira. Relembre!

Por - 26/09/23 às 21:00

ShakiraReprodução/Instagram @shakira

Mais uma acusação de fraude fiscal contra Shakira tornou-se pública. Um promotor espanhol acusou a cantora de ter sonegado mais de 6,6 milhões de euros em impostos, o equivalente a 31,5 milhões de reais.

Segundo o promotor, a colombiana não declarou os lucros da turnê “El Dorado World Tour”, que aconteceu em 2018. Na época casada com Gerard Piqué e morando na Espanha, ela seria obrigada a tributar todas as receitas mundiais no país, independentemente de onde foram obtidas. Porém, a artista teria desviado o dinheiro para paraísos fiscais, locais conhecidos pela baixa tributação e alta opacidade.

No total, ela deixou de pagar 5,4 milhões de euros em imposto de renda, o que, considerando juros, ultrapassa o valor de 6 milhões de euros, além de outros 773 mil euros em imposto sobre a fortuna. As informações do processo foram divulgadas pela Reuters.

A equipe jurídica da cantora se manifestou sobre o caso e disse que nenhuma notificação sobre o processo chegou à residência atual da artista em Miami. “A equipe jurídica de Shakira está concentrada na preparação para o julgamento dos anos fiscais de 2012-14, que começará em 20 de novembro”, disse no comunicado.

Porém, esta não é a primeira polêmica que Shakira se envolve quando o assunto é fraude fiscal. A voz de “Acróstico” enfrenta uma longa batalha judicial por uma acusação semelhante de quase uma década atrás.

Outro processo será julgado

A famosa já enfrenta um julgamento, que deve acontecer em novembro, por não ter pagado 14,5 milhões de euros (78 milhões de reais) em impostos e rendimentos entre 2012 e 2014.

A defesa de Isabel Mebarak Ripoll, nome oficial de Shakira, informou que, até 2014, a maior parte dos rendimentos da cantora eram de turnês internacionais e até aquele ano ela não permaneceu mais que seis meses na Espanha, o que seria considerado residência fiscal.

A colombiana ainda argumentou que só passou a morar oficialmente na Espanha em 2015, e alegou que estava sediada nas Bahamas na época, mas os promotores rebateram que ela estava morando no país europeu com o então marido, Gerard Piqué, e que só viajava ao exterior por motivos profissionais.

De acordo com a lei espanhola, uma pessoa só é obrigada a pagar impostos se passar 183 dias (equivalente a seis meses) ou mais no país em um único ano. 

O nome de Shakira foi envolvido nessa confusão em 2021, quando milhares de documentos foram vazados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e revelaram nomes de personalidades que recorrem a paraísos fiscais para fins de fraude e sonegação fiscal. A investigação ficou conhecida como “Pandora Papers”.

Cantora se pronunciou sobre paraísos fiscais

Em 2021, Shakira esclareceu acusações sobre uma das empresas abertas nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, que são consideradas um paraíso fiscal.

Através de um comunicado ao jornal espanhol El País, Shakira e seus advogados admitiram que sim, ela tinha empresas nas Ilhas Virgens, porém asseguram que tudo era ‘totalmente transparente’, estavam declaradas e que as empresas já estão em processo de liquidação.

Segundo a artista, as empresas não foram constituídas em 2019 e sim, entre 2001 e 2009, estavam completamente legais e foram abertas ‘muito antes’ dela ir morar na Espanha, onde hoje reside com o companheiro Gerard Piqué e os dois filhos.

Os advogados da intérprete garantem que as companhias foram, em seu momento, “devidamente declaradas” às autoridades fiscais espanholas, e que não há nada de ilegal nisso.

Apesar de seus esclarecimentos, Shakira, que aguarda julgamento pela suposta fraude de 14,5 milhões de euros, continua sob a lupa das autoridades.

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