Comportamento estranho e sonho de ser artista: Conheça o empresário de Alexandre Pires preso pela PF. Informações inéditas!

Atualizado em 06/ 12 às 10h02)

Matheus Possebon, ligado a Opus Entretenimento, está sob investigação da Polícia Federal por um suposto envolvimento em um esquema de garimpo ilegal na Terra Yanomami. Possebon é conhecido por gerenciar a carreira de famosos artistas brasileiros como Daniel, Seu Jorge, Ana Carolina e Munhoz e Mariano.

 O empresário teve experiência como músico e chegou a gravar em estúdios internacionais. Embora suas redes sociais tenham sido desativadas, ainda é possível encontrar na plataforma Sound Cloud dois perfis com faixas gravadas por ele e no Youtube um canal com vídeos gravados em várias partes do mundo.

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Comportamento estranho

Conhecido no mercado do entretenimento como uma pessoa estranha, cheio de manias.  Funcionários das empresas onde ele trabalha informam que Matheus exigia ser chamado de “Mito”. Pessoas ligadas ao ramo do entretenimento relatam que seu contato com os artistas não era tão próximo.

Nesta terça-feira, 5, Alexandre Pires tirou o nome de Possebon de seu perfil no Instagram e substituiu a informação pelo e-mail de Samantha Pereira, da Opus Entretenimento.

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Prisão no navio

A Polícia Federal lançou a Operação Disco de Ouro visando desmantelar um complexo esquema de financiamento e logística ligado ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A estimativa é de que a organização tenha movimentado em torno de R$ 250 milhões. A operação, iniciada nesta segunda-feira, 4 de dezembro, incluiu a execução de mandados de busca e apreensão contra Possebon.

Sobre o dia de sua prisão, moradores do bairro paulistano do Morumbi relatam ter notado um movimento anormal diante da casa onde ele mora com a família. Vizinhos mais próximos afirmam que em frente a sua residência várias viaturas de PF ficaram paradas por um longo, o que pode indicar uma ação de busca e apreensão. Alexandre Pires compareceu a Polícia Federal para dar esclarecimentos, mas não foi detido.

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Núcleo Financeiro com Atividades Ilícitas

Segundo informações da investigação, Possebon é apontado como um dos principais integrantes do núcleo financeiro do esquema ilegal. Entre os artistas sob a gestão da Opus Entretenimento, está o cantor Alexandre Pires, também investigado pela suposta participação no esquema. A PF investiga depósitos no valor de R$ 1,4  milhão feitos na conta do artista por uma mineradora envolvida nas atividades ilícitas.

Qual envolvimento entre Matheus e a Opus Entretenimento?

OFuxico apurou que a Opus é uma empresa de propriedade de Carlos Conrad, conhecido como Carlinhos. Há alguns anos ele vendeu, 50% da empresa para o Jonathas, filho do empresário Airton Zaffari, um dos donos do grupo Zaffari, muito conhecido no Rio Grande do Sul.

Profissionais ligados ao ramo do entretenimento ouvidos por OFuxico foram unânimes em definir a Opus como uma empresa idônea e profissional. A ligação com Possedon começou após uma parceria firmada com a Hit Entretenimento, de Porto Alegre, que tinha Matheus Possebon entre seus sócios. Pouco antes da Pandemia a Hit fechou e propôs para Opus a criação uma área de management, dedicada a empresariar artistas.

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Investimento milionário

Segundo informações do “Valor”, em 2021, com a retomada da vida normal após a pandemia, a XP Asset e a Opus Entretenimento se associaram para lançar um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios para investir na compra de shows de artistas brasileiros e suas turnês. No total foram comprados 1.400 shows de nomes como Alexandre Pires, Seu Jorge e Bruno e Marrone, entre outros.

Na época foi noticiada uma captação inicial de R$ 260 milhões, o que representou a maior operação no setor de entretenimento do país dos últimos dez anos. Responsável pelas negociações desse fundo, o empresário Álvaro Garnero afirmou à “Veja” que “a ideia desse fundo só começou. A ideia é chegar a quase 1 bilhão de reais em compras de shows com conteúdo diferenciado”.

Todos os contratos referentes aos artistas foram assinados com a Opus e OFuxico apurou que cabia a Matheus Possebon a gestão desse negócio.

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Defesa de Possebon envia nota

Na manhã desta quarta-feira, 6, Fábio Tofic Simantob, advogado do empresário enviou um comunicado com a sua defesa:

“A prisão de Matheus Possebon é uma violência. Foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial. Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação.
Fábio Tofic Simantob – advogado”

Comunicado da Opus Entretenimento

Em nota enviada para a imprensa, a Opus manifesta sua solidariedade a Alexandre Pires e não cita o nome de Possebon. Abaixo a íntegra do comunicado:

“A Opus Entretenimento, presente há 47 anos no mercado de eventos, fomentando há décadas a cultura e o entretenimento no país, vem a público informar que desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa.

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Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos.

A Opus mantém o seu compromisso de promover a cultura e levar o entretenimento ao público brasileiro.”