Após alta, saiba como é o tratamento da filha de Juliano e Letícia Cazarré em casa

Por - 20/10/23

Filha de Juliano Cazarré sendo tratada em casaReprodução/Instagram

A filha de Letícia e Juliano Cazarré, que nasceu com condição rara chamada Anomalia de Ebstein, esteve internada por 11 dias em setembro por causa de uma infecção bacteriana. Com apenas um ano e três meses, Maria Guilhermina já passou por diversas internações devido à sua condição de saúde.

De volta em casa, a pequena ainda precisa de cuidados e tem uma grande luta pela frente. A stylist explicou como são os cuidados com a filha, que incluem uma equipe de profissionais que atendem a família em casa. 

“Desde ontem estamos trabalhando duro com uma equipe de 6 médicos e 5 fisioterapeutas para manter essa princesa em casa, sem precisar internar de novo! Rezem por ela! Estamos fazendo todos os exames para saber por que está com temperatura e frequência cardíaca instáveis… Mas o aspecto geral está muito bom!”, contou a mãe de Guilhermina.

Além dela, Juliano e Letícia também são pais de Vicente, de 11 anos, Inácio, de dez, Gaspar, de três, e Maria Madalena, de dois. O sexto filho do casal, inclusive, já está a caminho.

Condição da filha de Juliano Cazarré

Maria Guilhermina nasceu com Anomalia de Ebstein, uma doença rara no coração. Mesmo tão pequena, ela já mostrou que é muito guerreira. A bebê passou meses na UTI e teve que enfrentar diversos procedimentos cirúrgicos.

Para esclarecer sobre a condição rara que afeta a bebê recém-nascida de Juliano Cazarré e Letícia Cazarré, OFuxico conversou com a Dra. Juliana Rodrigues Neves, especialista em Cardiologia Pediátrica e Diretora do Departamento de Intervenções em Cardiopatia Congênitas da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

A anomalia de Ebstein consiste em uma má formação rara da válvula tricúspide, o que possibilita o escape do sangue para trás a partir do ventrículo para o átrio. “A anomalia de Ebstein é uma cardiopatia congênita rara e na sua forma neonatal como foi o caso da Maria Guilhermina, ela é extremamente rara. A cardiopatia congênita do tipo anomalia Ebstein ocorre em 01 a cada 20 mil recém-nascidos”, ressalta a doutora.

Tudo isso resulta no aumento do átrio e a “atrialização” do ventrículo direto, ocasionando uma insuficiência cardíaca congestiva e um back-up do fluxo sanguíneo, que pode fazer com que se acumule líquido nos pulmões. Além disso, também surge um fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo.

Em relação ao tratamento, ela ressaltou as possibilidades que existem. “O bebezinho diagnosticado com a anomalia de Ebstein nasce precisando de outra passagem de sangue para o pulmão que não seja a passagem normal, que seria via válvula tricúspide e artéria pulmonar. Por isso, precisa passar por um procedimento logo após o parto. Existem duas formas de intervir nesses bebês: A primeira é uma cirurgia de peito aberto em que o cirurgião coloca um tubinho e cria uma passagem desse sangue para o pulmão, e a outra é um procedimento feito por cateterismo, em que é inserido um stent, que faz com que esse sangue passe para o pulmão por uma veia que todo bebê tem dentro da barriga da mãe que chama canal arterial, mas que tende a fechar após o nascimento. Ou seja, o stent impede o fechamento deste canal”.

---