Cine Holliúdy 2: A disputa entre o cinema e a TV com novos personagens e mais humor

Por - 23/08/22 às 10:22

Lorena Comparato, Edmilson Filho, Haroldo Guimarães e Luisa Arraes caracterizados em Cine Holliúdy,Luisa Arraes se junta ao elenco para ser a nova musa inspiradora de Francis (Edmilson Filho) - Foto: Divulgação/ Globoplay

A segunda temporada de “Cine Holliúdy” estreia nesta terça-feira, 23 de agosto, com a pretensão de ser uma sátira do Brasil e do brasileiro, onde rir de si mesmo é o melhor remédio, sempre, segundo os roteiristas.

Criada e escrita por Cláudio Paiva e Marcio Wilson, com direção artística de Patricia Pedrosa, a série tem como pano de fundo a divertida disputa entre cinema e TV e presta uma homenagem à sétima arte, explorando acontecimentos, símbolos e referências da cultura nordestina, brasileira e do pop mundial da década de 70.

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De acordo com a diretora, a brasilidade, com personagens carismáticos e que falam muito sobre o país, a sociedade, língua e raízes são outros destaques da comédia.

“As pessoas se identificam. Em um momento como o que estamos vivendo, ainda com resquícios da pandemia, falar com alegria sobre assuntos leves, que façam as pessoas se desligarem um pouco dessas notícias de jornal tão difíceis, acaba sendo um remédio”, ressaltou Patricia Pedrosa.

A obra é escrita com Adriana Falcão, Juca Filho, Chico Soares e César Amorim. A direção é de PHalder Gomes e Ricardo Spencer. A produção é de Erika da Matta e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

O MESMO CINE, UMA NOVA HISTÓRIA

Em forma de paródia de grandes filmes como “Guerra nas Estrelas” e “Casa Blanca”, “Cine Holliúdy” investe no romance, comédia, terror, policial, sobrenatural, aventura, musical, ficção científica, pornochanchada, entre outros gêneros do cinema.

Ainda na primeira temporada, Francisgleydisson (Edmilson Filho) tinha o cinema como a única atração cultural de Pitombas, com muito orgulho. Mas ele não contava com a chegada da televisão, sua grande adversária. Por isso, decidiu fazer filmes em “cearensês”, com apoio da bela Marylin (Leticia Colin) e a despeito do prefeito Olegário (Matheus Narchtergaele).

Chegamos a 1974. Com a TV já estabelecida, as novelas estão fazendo a cabeça da população e o cinema está cada vez mais vazio, o que deixa Francisgleydisson inquieto e temeroso.

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Mesmo parecendo ter parado no tempo, a cidade de Pitombas presencia o auge da cultura dos anos 70. Os habitantes convivem com a acirrada competição entre o cinema e a TV e se deleitam com as mensagens que atravessam as telas. No entanto, os homens reclamam do excesso da telinha na rotina da família e a colocam como vilã, exigindo o seu fim.

Embora o cinema esteja em decadência, Francisgleydisson tenta sustentá-lo por meio de suas produções criativas. A notícia de que sua musa inspiradora Marylin, papel de Leticia Colin na primeira temporada, não voltará mais para Pitombas para poder seguir a carreira de atriz por este mundão é outro motivo de desânimo. Ele sabe que não será fácil encontrar uma nova protagonista para seus filmes, tampouco um novo amor.

Com as flores em punho e perseverando, como sempre, ele se depara com Francisca (Luisa Arraes) na rodoviária. Coisas do destino. 

A jovem chega a Pitombas com o objetivo de encontrar seu pai desconhecido. No primeiro momento, seu jeito não atrai Francis. Empoderada, pé no chão e avessa aos romances e casamentos, Francisca chega para se tornar a nova protagonista dos seus filmes. Não sem antes enfrentar a fúria de Formosa (Lorena Comparato), filha de Lindoso (Carri Costa) e Belinha (Solange Teixeira), que, apaixonada por Francis, faz de tudo para tirar a jovem do seu caminho.

Munízio (Haroldo Guimarães), amigo fiel de Francis, investe em acalmar e conquistar o coração de Formosa com seu jeito doce e enrolado. Apesar de ser ignorado por ela, a esperança é mudar o rumo dessa história.

Para Socorro (Heloísa Périssé), prefeita de Pitombas, um novo tempo paira sobre a cidade. Novos conflitos surgem diante das mulheres, que estão cada vez mais em evidência. Olegário (Matheus Narchtergaele) não aceita muito bem ser coadjuvante da esposa. Ela, ao assumir a prefeitura, se recusou a fazer parte das falcatruas do marido e por isso enfrenta seus deslizes e os protestos frequentes dos vereadores da cidade que, em sua maioria da oposição, causam um rebuliço na nova gestão.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino