Guerra, reality, talk show: o furação Pedro Bial encara, agora, a volta do Linha Direta
Por Redação - 28/10/22 às 17:00
Com o perdão da rima, Pedro Bial é plural. Jornalista de mil e uma facetas que, ao longo de mais 40 anos de profissão se reinventou, se multiplicou e agora, para 2023, se prepara para um novo desafio na carreira: tornar-se apresentador do já famoso “Linha Direta”, programa exibido entre 1990 e 2007, dedicado a apresentar crimes que acontecem no Brasil e cujo autores estariam foragidos da Justiça.
Leia+: Pedro Bial lança música inspirada na clássica ‘Filtro Solar’
“Eu estou muito feliz! Essa marca consagrada do Linha Direta que saiu do ar há 15 anos, volta agora com a equipe do “Conversa”, que continua no ar, tá? ! É um time muito bom de repórteres investigativos que faz documentário, que domina formatos e linguagem de TV. E você imagina, como o mundo mudou nesses 15 anos que o Linha Direta ficou fora do ar? Hoje é difícil fazer alguma coisa no mundo que não tenha uma câmera filmando, algum tipo de registro de imagem. Olha as possibilidades que se abrem para a gente renovar esse programa. Eu realmente estou muito feliz, muito animado com mais essa missão”, declarou o jornalista, na noite da última quinta-feira, 27 de outubro, durante um evento da Globo para o mercado publicitário.
Com rodinhas no pé e mil ideias na cabeça, a função ainda será acumulada com as apresentações do “Conversa com Bial” e o “Som Brasil”, esse último, como sempre, exibido em ocasiões especiais.
O público mais jovem deve lembrar de Bial como apresentador do “Big Brother Brasil”. Como fã de reality show, ficou à frente da atração por 14 anos consecutivos, entre 2002 e 2016. No ano seguinte, passou o bastão para Tiago Leifert, e esse, depois, para Tadeu Schmidt.
Mas a trajetória de Pedro Bial é enorme. Em 1980, ele se formou em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Nesse tempo de faculdade, fez alguns curtas-metragens e documentários, o que despertou seu interesse pelo jornalismo televisivo.
NO FRONT
Em 1981, por meio de um curso de formação em telejornalismo, começou a trabalhar na TV Globo. Editou matérias para o “Jornal Hoje”, trabalhou como repórter exclusivo no “Globo Repórter”, foi correspondente internacional em Londres – tendo trabalho ao lado de Paulo Francis (1930-1997). E durante oito anos na capital inglesa, cobriu importantes fatos históricos como a reunificação da Alemanha (1990), as guerras do Golfo (1991), da Bósnia (1992) e o fim da União Soviética (1991). Em 1994, perdeu parte da audição durante os vinte dias em que passou em Sarajevo, cobrindo a guerra da Bósnia.
ESPORTE, LITERATURA E FILTRO SOLAR
Em 1996, o jornalismo da emissora de Roberto Marinho passou por uma reformulação, e Bial foi convidado a voltar para o Brasil e apresentar o “Fantástico”. Fátima Bernardes foi sua parceira na apresentação da revista eletrônica. Mas um pouco antes, o multitarefas já dava as caras na cobertura de diversas Copas do Mundo, a partir de 1994, nos Estados Unidos. Na Copa da França, em 1998, e da Coreia e do Japão, em 2002, ancorou o “Fantástico” direto dos países-sede. Incansável, ele ainda cobriu os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e de Atlanta, em 1996 e quando lhe sobrava um tempo, escrevia crônicas ilustradas por imagens dos jogos da seleção brasileira, exibidas no “Jornal Nacional” ou no “Fantástico”. Ufa!
Nos anos 2000, Bial se instalou na GloboNews e lá comandou o “Espaço Aberto Literatura” entrevistando escritores e poetas como Nélida Piñon, Ariano Suassuna, Jorge Amado, Zélia Gattai, Mário Vargas Llosa e Adélia Prado.
Em 2003, flertou com o público mais jovem que experimentava as sensações da chegada da internet. Naquele ano, lançou o poema musicado “Filtro Solar”. O jornalista fez uma adaptação para a língua portuguesa de “Wear Sunscreen“, da jornalista Mary Schmich, publicada em 1997, e musicada por Baz Luhrmann na versão “Everybody’s Free (To Wear Sunscreen)“. O texto simplesmente viralizou, tornando-se uma obra atemporal. Confira abaixo!
BIG BROTHER BRASIL
Nas noites de janeiro de 2002, Pedro Bial saudada o público de casa com seu mais novo bordão: “Bem-vindo de volta”, à frente da estreia do “Big Brother Brasil”. “Minha vida virou um pouco antes e depois do Big Brother. Eu já tinha uma popularidade por trabalhar na televisão. Mas depois que desci desse pedestal do jornalista, as pessoas perderam a cerimônia comigo”, disse o jornalista em entrevista ao Memória Globo. Bial ficou à frente do programa até 2016.
ENTREVISTOU PAPAS E PRESIDENTES E GANHOU UM TALK SHOW
E quando muitos poderiam imaginar o anúncio para uma aposentaria tranquila, o inesgotável Pedro Bial ainda entrevistou Papas, Presidentes, ganhou o “Na Moral”, um programa que abordava questões e temas contemporâneos, retratados por meio de diferentes formatos e pontos de vista, e desde 2017, vem sido visto e revisto no “Conversa com Bial”. O talk show já recebeu cerca de 3 mil convidados e, em julho deste, ano completou 1000 edições.
Não, não acabou. Em 2018, o imparável Pedro ainda foi responsável por expor acusações de assédio sexual contra o médium João de Deus. Foram meses de investigações até descobrir que o falso líder espiritual era uma farsa e uma ameaça para a sociedade.
Bial ainda é roteirista, produtor e diretor do documentário “Os Nomes do Rosa”, de 1997, e do longa-metragem “Outras Estórias”, de 1998 e autor de cinco obras. Também é poeta e, em 1984, fundou o grupo Os Camaleões, com Claufe Rodrigues e Luiz Petry.
Siga OFuxico no Google News e receba alertas sobre as principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais!
Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.