Carnaval 2020: Giselle Prattes é musa da Mocidade Independente

Por - 20/02/20 às 23:00

Daniel Pinheiro/AgNews

A Mocidade Independente vai mostrar todas as facetas de Elza, uma deusa guerreira, de vanguarda, que não se intimida diante dos obstáculos. E fala de suas lutas contra o preconceito, o racismo, o machismo, a censura que provocou seu autoexílio na Itália. E também de seus amores, principalmente pela música, destacando a história e trajetória da artista desde que ela surgiu no cenário musical no show de calouros do apresentador e compositor Ary Barroso, nos anos 1950.

A história vai ser contada de forma cronológica, mas contundente, desde a infância pobre de Elza na favela, filha de mãe lavadeira, trabalhando de sol a sol em afazeres domésticos ou carregando uma lata d’água na cabeça. A menina pobre faz da música o seu desabafo.

 

Conheça a agremiação

Mocidade Independente – 5ª escola a desfilar  – 02h10

Colocação em 2019: 6º lugar

Fundação: 10/11/1955

Cores oficiais: verde e branco

Presidente: Flávio Santos

Carnavalesco: Jack Vasconcelos

Mestre de Bateria: Dudu Oliveira

Mestre-sala e porta-bandeira: Bruna Santos e Diogo Jesus

Diretor de Carnaval: Marco Antonio Marino

Diretores de Harmonia: Wallace Capoeira

Rainha de bateria: Geovana Angélica

Musa: Giselle Prattes

Intérprete: Wander Pires

Comissão de Frente: Jorge Texeira e Saulo Finelon

Curiosidades: O desfile vai mostrar a ligação de Elza Soares com a escola. Nascida em Padre Miguel, foi convidada para puxar o samba da Mocidade em de 1973 a 1976. Soltou a voz na Avenida e se apaixonou pela agremiação. E consolidou esse amor pela escola com o samba que exalta a bateria “Não existe mais quente”, da escola. Serão 3.200 componentes, em 26 alas.

Famosos: Sandra de Sá

Enredo: Elza Deusa Soares 

Compositores: Sandra de Sá, Igor Vianna, Dr. Márcio, Solano Santos, Renan Diniz, Jefferson Oliveira, Professor Laranjo e Telmo Augusto

Saiba tudo sobre o Carnaval 2020

Samba-Enredo

Lá vai, menina
Lata d’água na cabeça
Vencer a dor que esse mundo é todo seu
Onde a “água santa” foi saliva
Pra curar toda ferida que a história escreveu
É sua voz que amordaça a opressão
Que embala o irmão
Para a preta não chorar
Se a vida é uma “aquarela”
Vi em ti a cor mais bela
Pelos palcos a brilhar

É hora de acender no peito a inspiração
Sei que é preciso lutar com a armas de uma canção
A gente tem que acordar, da “lama” nasce o amor
Quebrar as “agulhas” que vestem a dor

Brasil, enfrenta o mal que te consome
Que os filhos do planeta fome
Não percam a esperança em seu cantar
Ó nega, “sou eu que te falo em nome daquela”
Da batida mais quente, o som da favela
É resistência em nosso chão
“Se acaso você chegar” com a mensagem do bem
O mundo vai despertar, Deusa da Vila Vintém
Eis a estrela…
Meu povo esperou tanto pra revê-la

Laroyê ê mojubá… liberdade
Abre os caminhos pra Elza passar…

Salve a Mocidade!
Essa nega tem poder, é luz que clareia
É samba que corre na veia

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