Carnaval 2020: Saiba o que rolou na primeira noite de desfiles em São Paulo

Por admin - 22/02/20 às 18:40

Samuel Chaves/Brazil News

No finalzinho da última sexta-feira (21) e entrando na madrugada deste sábado (22), o Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, se transformou em uma explosão de cores, brilhos, tamanhos e formas com a primeira leva dos desfiles das escolas de samba da capital.

Tudo sobre o Carnaval 2020

Ao todo, sete agremiações passaram pela avenida: Acadêmicos do Tatuapé, X-9 Paulistana, Tom Maior, Dragões da Real, Barroca Zona Sul, Mancha Verde e Império de Casa Verde.

Com início às 23h15. Barroca Zona Sul chegou com tudo ao Grupo Especial depois de ser a vice-campeã do Grupo de Acesso em 2019. A escola emocionou com uma homenagem a Teresa de Benquela, uma líder quilombola que viveu no estado do Mato Grosso. Eles ainda mostraram a dura luta dos escravos nos difíceis anos de escravização.

A luta continua

A Tom Maior também veio com uma proposta de mostrar que as pessoas negras ainda passam por muito preconceito, e homenageou grandes personalidades de um povo marginalizado com o enredo chamado É coisa de preto.

Eles ainda questionaram o tratamento do sistema perante ao povo negro com uma frase escrita "as minorias são a maioria" em uma faixa posicionada ao lado de símbolos da justiça.

Simonal, Elza Soares, Mano Brown, Madame Satã, Machado de Assis e outros foram lembrados durante o disfile, sendo o último carro dedicado a Marielle Franco.

Ivete Sangalo usa look majestoso em seu Bloco Coruja

Dia de festa, despedida e perrengue

Simone Sampaio pisou à frente da bateria da Dragões da Real pela última vez, após oito anos como Rainha. Emocionada anteriormente, ela brilhou durante a sua passagem, fazendo jus à finalização de um ciclo.

Mas como nem tudo são flores, dois carros da escola acabaram presos na fiação elétrica do sambódromo, atrasando em cerca de uma hora a entrada da Mancha Verde. Foi preciso desligar a energia para que os veículos pudessem ser resgatados.

A vice-campeã do ano passado defendeu o samba-enredo A Revolução do Riso: A arte de subverter o mundo pelo divino poder da alegria, levando referências desde os Doutores da Alegria a Charles Chaplin.

Carnaval 2020: Juliana Paes curte blocos infantis com o filho

Fé cristã

Depois de enfrentar a espera, a Mancha Verde de Viviane Araujo conseguiu realizar a sua passagem pela avenida, levando muita referência ao cristianismo para a folia. Repletos de elementos que faziam releituras a símbolos cristãos, o carro abre-alas, por exemplo, era um enerme presépio.

Pensando no criacionismo, a ala das baianas levaram maçãs – o fruto proibido – nas cabeças enquanto as passistas estavam fantasiadas de serpentes.

Uma grande bandeira, com a imagem de Jesus Cristo, foi esticada na arquibancada. Será que vão repetir a vitória como em 2019?

Valeska Reis se emociona antes de entrar na avenida

Interior em peso

Pensando na história de uma cidade, a Acadêmicos do Tatuapé realizou um enredo todo baseado no município de Atibaia, no interior de São Paulo.

Conhecida pela Festa do Morango e o cultivo de variadas flores, a decoração relembrou tais memórias que levam muitos turistas todos os anos para a cidade.

Ana Paula Minerato estreou à frente da bateria após vinte anos de Gaviões da Fiel, escola pela qual desfilava desde criança.

Carnaval 2020: 'Somos Carnaval', diz Camila Pitanga

Direto do Oriente Médio

A escola da Zona Norte paulista teve como enredo Marhaba Lubnãn (Olá Líbano, em árabe), ou seja, fizeram uma grande festa em homenagem ao país com direito a telas de led e efeitos especiais que não se apagaram com o amanhecer.

O mar Mediterrâneo virou carro abre-alas e a comissão de frente simbolizou as variadas exportações.

Carnaval 2020: Famosos agitam Galo da Madrugada em Recife