Cristo Redentor apaga suas luzes em solidariedade a Vini Jr.

Por - 22/05/23 às 23:30 - Última Atualização: 23 maio 2023

Cristo Redentor apagado em homenagem a Vinicius JuniorCristo Redentor apagado em homenagem a Vinicius Junior. Foto: Reprodução/Twitter e Instagram

O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ficou escuro na noite desta segunda-feira, 22 de maio. Uma das 7 Maravilhas do Mundo manifestou sua solidariedade a Vinicius Junior, que sofreu racismo durante partida do Real Madrid contra o Valencia, na Espanha.

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O atleta chegou a considerar deixar o time espanhol após perceber que não houve reações sólidas para combater esse tipo de ação, tão comum às torcidas no país. Vini agradeceu a homenagem brasileira e disse que pretende dar ainda mais luz à causa antirracista.

“Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma ação de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta”, escreveu no Twitter.

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Além disso, Vini agradeceu o carinho do público ao redor de todo o mundo e reforçou que está atento às manifestações de apoio. Em seu comunicado, o jogador do ainda falou sobre a representatividade de sua luta. O texto também dá a entender que ele não vai deixar o time, como se suspeitou anteriormente.

“Tenho um propósito na vida e, se eu tiver que sofrer mais e mais para que futuras gerações não passem por situações parecidas, estou pronto e preparado”, finalizou.

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ENTENDA O CASO

Durante a partida pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, no domingo, 21 de maio, o Valencia venceu por 1 a 0, aos 24 minutos do segundo tempo, numa jogada pela esquerda. Vinicius Junior foi atrapalhado por uma segunda bola em campo (supostamente jogada pela torcida).

O atacante do Real reclamou e parte dos torcedores mais próximos o xingaram de “macaco”, o que já havia ocorrido anteriormente. De acordo com o técnico Carlo Ancelotti, Vinicius Junior não queria mais continuar jogando. O jogador chamou o árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea para denunciar um determinado torcedor. O árbitro então conversou com jogadores e com os técnicos dos dois times, além do quarto oficial.

O sistema de som do estádio emitiu dois avisos: um de que a partida tinha sido paralisada por causa desse episódio de racismo, e o segundo de que ela só voltaria caso os xingamentos e cânticos fossem encerrados.

A paralisação durou cerca de oito minutos. O segundo tempo continuou, e por volta dos 48 minutos, começou mais uma confusão na área do Valencia. O goleiro Mamardashvili partiu para cima de Vinicius Junior (ambos receberam cartão amarelo inicialmente), e outros atletas foram envolvidos.

No meio do empurra-empurra, o atacante Hugo Duro deu um mata-leão no brasileiro, segurando-o pelo pescoço. Ao se desvencilhar, Vinicius acertou o rosto do adversário. Acalmados os ânimos, o VAR chamou Burgos Bengoetxea que reviu o lance e decidiu expulsar o brasileiro.

Após ser expulso da partida, Vinicius Junior saiu de campo aplaudindo, fazendo comentários e gesticulando “2” com as mãos (provocação em referência à briga do Valencia contra a segunda divisão). Integrantes da comissão técnica do time adversário e jogadores que estavam no banco de reservas foram tirar satisfação. O brasileiro precisou ser escoltado por colegas de Real Madrid.

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