Viúva de Erasmo Carlos fala sobre reler certidão de óbito do cantor
Por Redação - 28/11/22 às 19:20
Fernanda Passos, viúva de Erasmo Carlos, voltou às redes sociais na manhã desta segunda-feira, 28 de novembro, para lamentar a morte do marido. Em um dos posts, ela recordou a leitura da certidão de óbito do cantor e falou em “ferida”.
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“A coisa que mais me feriu hoje foi ler: ‘constatado o óbito por mim e pela equipe do plantão’. A última oração do final do seu relatório, que mais parecia um livro. E não teve ‘fim’, ‘e viveram felizes para sempre’, nem ‘continua…’
O autor terminou com: ‘constatado o óbito por mim e pela equipe do plantão’”. Junto a legenda, ela compartilhou cartas que escreveu para o marido.
Na parte da tarde, enquanto acontecia o jogo do Brasil contra a Suíça pela Copa do Mundo 2022, Fernanda desabafou.
“Amor, como é que o mundo ousa continuar girando sem você? Porque não pararam a Copa? Como as pessoas mantêm suas atividades? Me lembro que no hospital o meu desejo era que todos dormissem e acordassem ali, ficava com um aperto no peito quando iam pra casa. Pensava: Não podem ir pra casa, Erasmo precisa deles… como dormem sabendo que Erasmo está aqui? Todas as vezes que você viajava perguntava se eu queria ir junto… dessa vez não perguntou. Está tudo fora da ordem! Você é um homem de hábitos, metódico… o que deu em você agora?”, escreveu ela.
De acordo com o jornal Extra, a missa de 7º dia de Erasmo Carlos ocorrerá na próxima terça-feira, 29 de novembro. Assim como o velório, será restrita apenas a amigos e familiares do cantor.
MORTE
Erasmo Carlos (81) morreu na terça-feira, 22 de novembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O cantor, que recebeu alta no começo do mês, após mais de uma semana internado, desta vez chegando a ser intubado, na segunda-feira, 21 de novembro.
Erasmo Carlos estava tratando uma síndrome edemigênica, doença que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, e que dificulta a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos, que pode ser causada por doenças cardíacas, dos vasos ou renais.
TRAJETÓRIA
Erasmo Esteves, nome de batismo de Erasmo Carlos, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1941. Desde cedo, mostrava seu interesse pela música. Na juventude, esteve junto de Jorge Benjor e Tim Maia, formou a banda “The Sputniks” em 1957. Se tornou um dos membros da Jovem Guarda, junto a Roberto Carlos e Wanderléa, nos anos 60 e 70. É dele os sucessos “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, “O Bom”.
Na TV, recebeu uma homenagem com o programa “Erasmo Convida” (1982), recebendo no palco da atração os amigos Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Maria Bethânia, Nara Leão, Roberto Carlos entre outros.
Outra homenagem recebida foi no ano de 2008, em uma edição do ”Som Brasil” e também no Globoplay, em 2021, quando ele completou 80 anos, Pedro Bial conversou com ele, relembrando passagens importantes da sua trajetória.
Nas novelas, ele fez parte de muitas trilhas sonoras “Locomotivas” (1977), “Livre Pra Voar” (1984), “Vida Nova” (1988), “A Lua Me Disse” (2005), “O Profeta, (1977), entre outras.
No cinema, atuou em “Minha Sogra É da Polícia” (1958), com direção de Aloisio T. de Carvalho. Seu destaque como ator chegou no ano de 1972, no filme “Os Machões”, onde atuou com Reginaldo Faria e Flávio Migliacchio e foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
Um dos seus últimos trabalhos foi em um streaming como ator, protagonizando o longa-metragem “Modo Avião”, com Larissa Manoela. No ano de 2021, ele lançou o álbum “O Futuro Pertence à… Jovem Guarda” com oito músicas dos anos 60, viajando por todo o Brasil e comemorando seus 50 anos de carreira.
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