Harvey Weinstein recebe 11 novas acusações de assédio sexual
Por Redação - 13/04/21 às 15:11
Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema, está novamente sob julgamento. O cineasta, que já tinha sido acusado de estupro e abuso sexual de diversas vítimas, recebeu agora mais 11 acusações de assédio no condado de Los Angeles, na última segunda-feira (12), segundo o site norte-americano Los Angeles Times.
As denúncias são de casos que teriam ocorrido entre 2004 e 2005, com todas as acusações sendo feitas na Califórnia. O advogado de Harvey, Norman Effman, alega que o ex-produtor não irá conseguir viajar de Nova York, onde cumpre pena de outros casos, até Califórnia, devido a um estado de saúde delicado.
O Tribunal então decidiu adiar a decisão até 30 de abril e deu à defesa o prazo de uma semana para entregar argumentos e evidências válidas contra as acusações.
"Weinstein enfrenta um total de quatro acusações por estupro e quatro por cópula oral forçada, duas por agressão sexual com restrição e uma por penetração sexual por meio do uso de força em relação a cinco vítimas de crimes que vão de 2004 a 2013", declarou o Ministério Público da Califórnia em comunicado divulgado pelo LA Times anteriormente.
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Salma Hayek revelou, depois de outras atrizes, que também foi assediada por Harvey Weinstein, acusado de assédio e abuso sexual. A atriz contou sua experiência em um editorial do jornal New York Times, na quarta-feira (13).
A mexicana disse que não havia falado sobre o assunto porque não sentia que era importante.
“Me escondi da responsabilidade de falar sobre o assunto com a desculpa que pessoas suficientes já estavam lançando luz no meu monstro”, disse.
De acordo com Salma, tudo começou quando foi apresentada ao produtor por Robert Rodriguez e sua ex-mulher, Elizabeth Avellan, e o contato se aprofundou por conta de Frida, filme lançado em 2002 e produzido pela Miramax, empresa de Harvey. No entanto, quando o produtor aceitou trabalhar com o filme, uma vida de “nãos” começou para atriz.
“Não para abrir a porta para ele altas horas da noite, hotel após hotel, set após set, onde ele aparecia de surpresa, inclusive uma locação onde eu estava fazendo um filme com o qual ele não estava envolvido. Não para tomar banho com ele, não para ele me ver tomando banho, não para ele me fazer uma massagem. Não para deixar um amigo dele pelado me fazer uma massagem. Não para deixar ele fazer sexo oral em mim”, confessou.
Hayek ainda disse que, depois de recusar as “propostas”, Harvey passou a assediá-la moralmente, chegando a arrastá-la fisicamente de um evento, para que fossem à uma festa. Com raiva, o produtor a ameaçou.
“Eu vou te matar. Não pense que eu não vou”, teria dito.
A atriz deu detalhes de como Weinstein a pressionou para que desistisse de Frida, a humilhando de várias formas, dizendo que ela não era uma boa atriz e refazendo-o.
"Cheguei no set no dia da cena e, pela primeira e última vez na minha carreira, tive uma crise nervosa. Meu corpo começou a tremer sem controle, fiquei sem fôlego e comecei a chorar e chorar sem conseguir parar", lembrou, dizendo que chegou a vomitar.
A atriz ainda agradeceu alguns amigos, dizendo que foi salva por eles de ter sido estuprada pelo executivo.
"Sabendo o que sei hoje, imagino se não foi minha amizade com eles (Robert Rodriquez e Elizabeth Avellan) – e com Quentin Tarantino e George Clooney – que me salvou de ser estuprada", escreveu Salma.
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