Letícia Sabatella está aliviada ao descobrir ser portadora do espectro autista: ‘Me sentia incompreendida’
Por Redação - 18/09/23 às 09:42
A atriz Letícia Sabatella fez uma descoberta surpreendente aos 52 anos: ela é uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A revelação foi compartilhada por Letícia no podcast “Papagaio Falante” e comentada no “Fantástico” de domingo, 17 de setembro. Esse momento se transformou em um processo de autodescoberta para a atriz.
Letícia relembrou sua infância, destacando as dificuldades que enfrentou para se enturmar na escola e os momentos em que se sentia incompreendida e perturbada pelo barulho.
“Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê. Eu tinha um mundo imaginário muito rico. Eu ficava apaixonada pelas coisas. Um prego tinha vida.”
Saber que é portadora do TEA trouxe um sentimento de alívio para alguém que passou a vida se sentindo diferente e mal compreendida. “O diagnóstico traz alívio pra quem passa a vida se achando diferente e incompreendida”, disse Sabatella.
- Marcos Mion critica governo de São Paulo, que diz que ‘autismo tem cura’
- Ex-BBB é diagnosticada com autismo
“Sempre fui reconhecida como pisciana, artista, sonhadora, romântica, idealista. Até em algumas situações mais abusivas como maluca.”
A atriz compartilhou que, sem saber, encontrou maneiras de se proteger desde a infância. Suas atividades diárias, como aulas de balé, frequentar concertos e cinemas, sua paixão pelos livros e pelo teatro desde os 14 anos, tudo isso a ajudou a lidar com as dificuldades que surgiam ao longo do caminho.
Receber o diagnóstico foi uma experiência “libertadora” para Letícia Sabatella, pois a ajudou a entender sua hipersensibilidade sensorial, que muitas vezes a fazia se sentir mal, como se estivesse sofrendo uma agressão sensorial. “Tem horas que eu chego a passar mal, parece uma agressão”, disse.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento que está presente desde o nascimento, embora seus sinais possam não ser tão óbvios ou precoces. O diagnóstico é geralmente feito por meio de entrevistas e observações comportamentais.
Quando tardio, o diagnóstico, muitas vezes, se refere ao nível 1 do TEA, que possui características leves e pode passar despercebido por um longo tempo. O risco do diagnóstico tardio é que os sintomas não tratados possam se transformar em comorbidades, como depressão e ansiedade.
Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.