Luciano Huck relembra acidente: ‘Antes da morte, tem um silêncio’

Nesta quarta-feira, 21 de junho, o apresentador Luciano Huck participou do podcast “Podpah”, e falou sobre uma possível candidatura à presidência da República e um acidente de helicóptero que sofreu com a família. Ele ainda discutiu o desaparecimento do submersível Titan, que levou bilionários para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.

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‘LATA DE SARDINHA’

Segundo o apresentador, a experiência é “meio mórbida”. “Fico imaginando como o idiota paga 250 mil dólares para entrar naquela lata de sardinha”, questionou ele.

“Pra ver um navio [o Titanic] que matou mais de mil pessoas. Não tem como aquela energia ser boa. Você vai ver o Titanic que matou um monte de gente? Vai ver o filme, cara. (…) É sobre até onde vai a vaidade humana”, analisou. 

ACIDENTE DE HELICÓPTERO

Luciano relembrou um acidente que sofreu em 2015, no Mato Grosso do Sul, que quase custou a vida da tripulação. Ao lado da família, ele viveu momentos de tensão e chegou até a achar que morreria.

“Estava eu, Angélica, os três [filhos], a Léia, a Didi [funcionárias] e os dois pilotos. É muito violento. É uma energia muito grande, com muita velocidade, chegando no chão. É forte, barulhento, muito intenso. Antes da morte tem um silêncio”, iniciou.

O apresentador conta que percebeu o mau funcionamento do motor, o que resultou na perda de altitude e na virada de uma das asas para o lado. “Aí já estava todo mundo gritando, a Angélica gritando, as crianças muito nervosas”, detalhou. Apesar do susto, os filhos saíram do acidente apavorados com os ferimentos no rosto dos pilotos, mas todos vivos.

PRESIDÊNCIA

Huck alegou que não tem medo de assumir o cargo de presidente e expressou seu desejo de viver em um país mais justo. “O que eu sei é que não saí do debate. A fumaça não volta para dentro da garrafa, entendeu? Eu quero, quando a gente sentar aqui de novo, daqui 20 anos, que a gente viva num país mais justo. Então, eu acho que a gente tem que formar novas lideranças, debater as ideias que, de fato, resolvam o nosso problema”, disse.

“Não adianta a gente ficar com uma direita intransigente e eu não acho que a esquerda no Brasil seja uma esquerda radical, uma esquerda atrasada”, opinou o marido de Angélica. 

POTÊNCIA DAS FAVELAS

Luciano também lembrou que fala sobre o potencial que existe dentro das favelas há anos. “Eu estou falando da potência das favelas muito antes de virar modinha. Tudo vira ‘lugar de fala’. Estou falando de favela há vinte anos, mostrando a potência das favelas há vinte, vinte e dois anos. Eu gosto das quebradas”, expôs o apresentador.

POLARIZAÇÃO POLÍTICA

Sobre a polarização das últimas eleições, o Huck afirmou: “Se a gente deixar a coisa dividida, vai ser sempre um lado ou outro, a gente não vai trocar ideia. A gente perdeu a capacidade de ouvir. A internet dá voz para todos os idiotas possíveis. A gente tem que voltar a ter a capacidade de dialogar, de ouvir, de despressurizar o sistema do ódio, a aprender a ouvir, a voltar a discordar”. 

Veja a entrevista completa:

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