Barbara Reis relata casos de racismo e exalta a autoestima

Por - 29/05/23 às 12:54

Barbara Reis de boné, sorrindoBarbara Reis já enfrentou situações constrangedoras - Foto: Reprodução/ Instagram @barbaraareis

No ar em “Terra e Paixão”, da TV Globo, como a protagonista Aline, além de poder ser vista na reprise da novela “Jesus”, na Record TV, na pele da destemida Susana, Barbara Reis não deixa de exaltar a importância e relevância de ser uma representatividade negra no horário nobre da Globo.

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A artista de 33 anos, moradora do Méier, bairro tradicional da Zona Norte carioca, apesar de estar vivendo um ótimo momento pessoal e profissional, não esquece tudo o que passou. Inclusive, as diversas vezes em que teve que lidar com o racismo, que lamentavelmente se deparou pela primeira vez ainda na infância.

“Fui declarar meu amor, minha admiração por um colega de classe e ele falou que eu não podia gostar dele porque eu era uma criança negra. Isso me marcou muito”, disse ela, destacando que tinha apenas seis anos na época.

  • Barbara também é modelo, mas num período chegou a trabalhar em um pet shop;
  • Antes de “Terra e Paixão” estrear, a atriz já estava no ar no streaming em “Todas as Flores’, como a vilã Débora, disponível no Globoplay;
  • A artista atuou também no remake de “Éramos Seis”, como a doce e controversa Shirley;
  • A estreia dela na telinha foi em “Velho Chico”, em 2016;
  • Desde então ela engatou vários trabalhos na TV.

À revista Quem, Barbara ressaltou que situações de racismo se repetiram mais tarde: “E já teve ocasião de estar próxima ali da gôndola de xampu na farmácia e ter sempre uma pessoa perto vigiando se ia realmente pegar, comprar, levar ou colocar dentro da bolsa”, contou a atriz.

Noiva de Raphael Najan, que é branco, a artista destacou que nunca passou por nenhuma situação específica por conta da relação inter-racial, mas sabe que existe.

“Eu nunca senti nenhuma intenção conosco num espaço público, mas como o racismo no Brasil tem as suas sutilezas, obviamente que um casal inter-racial sempre acaba sofrendo olhares ou reações”, ressaltou.

CABELO E AUTOESTIMA

Na adolescência, Barbara Reis, assim como muitas meninas na sua época, também alisava os cabelos por uma questão de padrão. Ela costumava fazer escova definitiva para manter as madeixas sem qualquer volume.

“Meu cabelo foi alisado dos meus 14 aos 17 anos. Gostava dele sem volume e não usava maquiagem na escola, como a maioria das minhas amigas. Queria que quando eu saísse, causasse o impacto de estar diferente de um dia comum”, contou ela à Marie Claire.

Barbara ainda ressaltou que continua assim, “basiquinha”: “Até hoje eu sou assim, principalmente na minha rede social. Procuro fazer meus stories o mais natural, sem me preocupar em ‘me montar’ só para aparecer ali. Prefiro deixar as produções mais elaboradas para as fotos do feed e para os eventos importantes. Acho que o natural, muitas vezes, é mais bonito”, disse.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino