Rômulo: ‘Perdi a paciência com a imaturidade de algumas pessoas’

Por - 22/03/17 às 07:54

Divulgação TV Globo/BBB17

Tranquilo, ponderado, gentil e extremamente inteligente. Foi esse o perfil apresentado por Romulo ao deixar o BBB 17, na eliminação de terça-feira (21). Em conversa com jornalistas, o diplomata reforçou as convicções que deixou claras durante o confinamento.

"Foi uma experiência boa, mas já estava com muita saudade da minha mulher. Desde a eliminação do Pedro ficou ruim diante do que eu imaginava. Ainda sonhei que a Ana tinha morrido, então já não estava mais no clima. E não era só isso. Perdi um pouco a paciência diante da imaturidade de algumas pessoas, algumas conversas sem nexo".

Mesmo antes de iniciar o reality, o anúncio da participação de um diplomata chamou a atenção, afinal, a postura profissional contrasta com um programa popular como o Big Brother.

"Fui testar meus limites e brincar. Mas eu quis brincar mesmo". 

Muito conhecido em Brasília, onde vive, Romulo confirmou que tem anseios de seguir na política.

"Eu já ia me candidatar desde sempre, não sei nem se será agora. Se eu chegar ali e a Ana (sua mulher) disser que não, que vamos pra Zâmbia, vamos. Eu me preparo pra assumir responsabilidades políticas. Me ver de cueca e dançando não é exatamente o que se espera de um político. Tem gente, meus adversários, que vão criticar eu ter ido num programa de entretenimento mas eu não acho que vá prejudicar minha imagem. Mas qualquer pessoa que fica diante de 50 milhões de pessoas acaba deixando um saldo positivo".

Para o diplomata, participar do BBB não foi um divisor de águas, como a maioria classifica.

"Não é arrogância, mas o que mais mudou foi eu ter conhecido pessoas novas e uma estrutura. Mas essencialmente, eu sou o mesmo. Meus sonhos não mudaram. Um deles é ser útil realmente, mudar realidade do nosso entorno. Seja do bairro, da cidade, do país. A experiência que adquirimos lá para os 15 anos é o que te forma. Uma das coisas que eu gostaria de ver é que areas como Taguatinga, Nova Iguaçu, que precisam de um norte. Fiz ali um laboratório de que dá pra ser alegre e trabalhar ao mesmo tempo".

Ainda na contramão da maioria de ex-participantes, Romulo não pretende viver da fama de ex-BBB.

"Se alguma editora quiser lançar uma nova edição do meu livro de poesias… estou de licença até 14 de abril".

Se no início do reality o diplomata tinha em Marcos um grande parceiro, o jogo virou uma grande decepção em relação ao médico.

"Minha maior decepção foi o Marcos, que considero muito inteligente. Acho que Marcos acredita no que ele está falando ainda que não seja exatamente a verdade. Aos 38 anos você já viveu várias fases da vida. Eu, aos 20, tinha cabelo muito maior, usava sete brincos, era ator e bailarino. Hoje sou chefe de gabinete do governo federal. Muitas vezes você recupera lá atras um sentimento. Não é um personagem. É você mesmo. Tem coisas que são da natureza da pessoa. Marcos perde a noção de até onde vai". 

Ele avaliou a eliminação e destacou que a boa convivência já estava ameaçada.

"Seria ruim pra mim a Ieda sair. Ter que discutir com o trio seria desgastante. Me irritei não com os jovens, muito pelo contrário. A família do Marcos pediu que eu releve e depois converse com ele. Já o Ilmar é imaturo. Com ele não sei se tem jeito".

Sobre o romance entre Marcos e Emily, ele acha que não passará da porta da mansão.

"Tem padrões de relacionamento. Ali rola um padrão de alguém que admira mais e o outro tolera. Eu acho que não anda".

Fora da disputa, Romulo aposta suas fichas em Vivian.

"Acho que quem ganha é a Vivian. Ela ali é quem junta as características de sobreviver aquele massacre. Ela tem muita inteligência emocional. Assim que ela se juntou conosco, reconheci isso". 

Ao saber pelos repórteres a força de voto da torcida da gêmea gaúcha, Romulo ficou surpreso e pensativo.

"Emily tem persuasão. Acho terrível ela ganhar, mas quem manda é o público. Isso é muito grave. Uma menina de 20 anos que teve acesso a uma vida de glamour sem ter o que apresentar… diferente da Vivian, que toca violino, buscou uma formação acadêmica, enfim, eu ficaria decepcionado, embora seja a decisão do público. 

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