Saiba o que Kaysar deve fazer para trazer família ao Brasil

Por - 25/04/18 às 17:05

Divulgação/TvGlobo/BBB

Durante três meses, todo mundo que assistiu ao Big Brother Brasil 18 sabe do drama que vive o vice-campeão Kaysar. Refugiado da Síria aqui no Brasil, o participante do reality show não vê a hora de fazer com que seus pais voltem a ficar ao seu lado e sair do país que vive uma guerra civil.

Durante a final do BBB18, Tiago Leifert até chegou a dizer que ONU “responderia todas as questões que o Kaysar teria”. Com isso, o OFuxico conversou com Manuel Nabais da Furriela, que é professor de Relações Internacionais na FMU e presidente do comissariado da OAB para os direitos de refugiados, que explicou a situação do ex-BBB.

“O órgão que cuida dos refugiados aqui no Brasil é o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), que analisa os pedidos para refúgio por aqui para saber se a pessoa vive em lugar onde é perseguida por conta religião, de raça, em guerra, entre essas coisas. A partir disso, eles passam por uma análise para saber se pode vir para o país, se atendem as exigências para serem consideradas refugiadas”, disse.

Furriela ainda completou dizendo que a situação de Kaysar é um pouco diferente de qualquer outro refugiado. “Por ele ser sírio, ele consegue pular algumas etapas neste processo, pois é algo que todo mundo sabe que o país está em guerra, vemos isso na televisão o tempo todo. No caso dele, ele poderá pedir a reintegração familiar, que pode ser aceita pelo governo”.

Porém, ele explicou que a aceitação por parte do Comitê não o obriga a pagar o transporte, algo que explica o fato de Kaysar querer tanto ganhar o prêmio máximo do reality show de R$ 1,5 milhão do reality show.

“Aqui no Brasil, o órgão pode aceitar a vinda do refugiado, mas pode pagar ou não, ele não tem a obrigação de fazer isso. Por conta disso, o dinheiro facilitaria bastante o transporte para chegar ao país e sair da zona de risco onde vive”, afirmou o presidente do comissariado da OAB.

Furriela ainda explicou que todo refugiado que chega ao Brasil recebe um respaldo do governos até se estabelecer. “O Governo reconhece aos refugiados o direito ao trabalho, à educação, à saúde e a todos os recursos públicos, entre outros direitos, permitindo, assim, que sigam sua vida normal por aqui. ONG’s, como a Cáritas, também auxiliam as famílias refugiadas que chegam ao país com o intuito de reconstruírem suas vidas”, explicou.

De acordo com o Itamaraty, o Governo brasileiro já concedeu refúgio para mais de 8.800 refugiados de 79 diferentes nacionalidades, sendo as cinco maiores comunidades originárias, em ordem decrescente, de Síria, com 2,2 mil, Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Palestina.

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