Unidos da Tijuca festeja os 100 anos de Luiz Gonzaga

Por - 21/02/12 às 03:04

Ag.News

 

Penúltima escola a se apresentar na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira (21), a Unidos da Tijuca apresentou o samba-enredo "O Dia em que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão", em homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.

O carnavalesco Paulo Barros criou um cerimonial para receber monarcas do mundo inteiro, terminando na coroação do Rei do Bailão sob o som marcante dos ritmistas que mesclaram o forró às famosas paradinhas, valorizando a performance da rainha de bateria Gracyanne Barbosa.

As alas mostraram as comidas típicas, costumes, danças, figurinos e artesanato do nordeste. As alegorias desenvolvidas pela Tijuca chamaram a atenção do público. "Missa do Vaqueiro", apresentou um brinquedo de parque, o Crazy Dance, em que doze cavaleiros giravam em diferentes direções sob um chão forrado de bois. Outro destaque foi a alegoria que lembrou o Rio São Francisco, com peixes saltando de uma piscina de panos.

 

O encerramento da Tijuca contou com uma alegoria que içava um ator que representou Luiz Gonzaga. Para chamar ainda mais a atenção dos jurados, 79 integrantes vestidos de pássaros brancos dançavam sob um fundo preto, lembrando a famosa canção "Asa Branca". 

 

Enredo: O Dia Em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida Para Coroar o Rei Luiz do Sertão

Componentes: 4 mil
Alas: 30
Alegorias: 07
Intérprete: Bruno Ribas
Mestre-Sala e Porta-bandeira: Marquinhos e Giovanna
Rainha da Bateria: Gracyanne Barbosa
Quem vem: Belo

Sinopse do enredo: Os 100 anos de Luiz Gonzaga serão comemorados pela Unidos da Tijuca neste Carnaval. O Rei do Baião e o nordeste brasileiro estarão em cada setor. Na visão do carnavalesco Paulo Barros, os monarcas do mundo inteiro participarão dessa festa na Sapucaí. O público vai percorrer um caminho para conhecer toda a cultura nordestina e todas as inspirações que Luiz Gonzaga cantou ao longo da vida, como o sertão nordestino, o rio São Francisco, as lavadeiras e a festa do vaqueiro. A coroação do Rei do Baião encerra o desfile, num grande arrasta pé. 


Letra do samba
Autores: Vadinho, Josemar Manfredine, Jorge Callado e Silas Augusto

Nessa viagem arretada
"Lua" clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão!
"Chuva, sol" meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai, que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!
Mandacaru a flor do cerrado…
Tem "xote menina" nesse arrasta-pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé
Em cada estação, a "triste partida"
Eu vi no cangaço Vida Severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural…
Simbora que a noite já vem, "saudades do meu São João"
"Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só"
"Numa serenata" feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar…
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!
A minha emoção vai te convidar
Canta, Tijuca, vem comemorar
"Inté Asa Branca" encontra o pavão
Pra coroar o "Rei do Baião"
 

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