Deputado Mário Frias é condenado por injúria e difamação contra Marcelo Adnet

O ex-secretário especial de Cultura e deputado federal, Mário Frias (PL-SP), enfrenta uma condenação por parte do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) por injúria e difamação contra o humorista Marcelo Adnet. Em 2020, Frias, que é um aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), publicou mensagens ofensivas nas redes sociais direcionadas a Adnet.

O caso remonta a setembro daquele ano, quando Frias compartilhou uma paródia feita por Marcelo Adnet sobre sua atuação no governo Bolsonaro em seu perfil no Instagram. Na legenda da publicação, Frias classificou o humorista como “garoto frouxo” e “criatura imunda,” mencionando também alegações de traição envolvendo sua ex-esposa e chamando-o de “Judas.” Frias chegou a descrever Adnet como um “palhaço decadente” disposto a trocar amizade verdadeira, amor e integridade moral por dinheiro e elogios superficiais ao seu ego.

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Em resposta às ofensas, Marcelo Adnet buscou justiça alegando que Frias havia prejudicado sua reputação e cometido os crimes de injúria e difamação. Frias admitiu o erro na publicação, mas justificou suas ações, argumentando que Adnet o estava tratando de forma “zombeteira” e “desrespeitosa” em suas piadas em programas de televisão.

O juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, emitiu uma decisão afirmando que as declarações de Frias contra Adnet eram claramente ofensivas e prejudiciais à reputação de qualquer pessoa. O magistrado destacou que, apesar de as alegações de traição por parte do humorista serem de conhecimento público, a avaliação negativa feita por Frias configurou injúria e difamação.

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Barbagalo também considerou que as consequências do crime foram prejudiciais, uma vez que Mário Frias possui um grande número de seguidores e a ofensa teve uma ampla repercussão, com potencial para ser compartilhada por várias pessoas. Além disso, o juiz observou que o comportamento de Marcelo Adnet, ao expor repetidamente Mário Frias a postagens e vídeos de teor zombeteiro, contribuiu, de alguma forma, para a prática criminosa.

Como resultado, Mário Frias foi condenado a pagar uma indenização no valor de 10 salários mínimos, além de honorários advocatícios fixados em R$ 2 mil. Vale destacar que essa sentença foi proferida em primeira instância, o que significa que ainda é possível recorrer da decisão.

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