Estado de saúde de Mingau permanece grave. Veja o novo boletim

Por - 13/09/23 às 10:55 - Última Atualização: 14 setembro 2023

Mingau, baixista do Ultraje a Rigor, perto do microfone, no palcoFoto: Reprodução Facebook


Na manhã desta quarta-feira, 13 de setembro, um novo boletim médico atualizou o estado de saúde de Mingau, baixista da banda Ultraje a Rigor, que foi baleado na cabeça na madrugada do dia 03 de setembro, em Paraty, Rio de Janeiro.

Segundo o comunicado, ele permanece em estado grave:

“NOTA À IMPRENSA / MINGAU / HOSPITAL SÃO LUIZ – ATUALIZAÇÃO 13/9/23

O Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D’Or, informa que o paciente Rinaldo Amaral (Mingau), segue internado em Unidade de Terapia Intensiva, sob ventilação mecânica e recebendo suporte clínico necessário. O quadro permanece grave, mas estável”, diz o texto. Mingau está sob os cuidados do neurocirurgião Dr. Manoel Jacobsen Teixeira.

Traqueostomia

Na terça-feira, 12 de setembro, Mingau foi submetido a uma traqueostomia, procedimento para auxiliar na respiração, criando uma espécie de atalho entre o tubo traqueal e o meio externo. Quais os riscos e como é feito? Saiba tudo abaixo!

Segundo o Doutor Arthur Vicetini (CRM 154.086), a traqueostomia é indicada para casos de ventilação mecânica, isto é, a respiração com a ajuda de aparelhos, por longos períodos ou quando há obstrução das vias aéreas, que impedem a passagem de ar na respiração. Este ‘atalho’ é feito para, justamente, auxiliar a passagem do ar do meio externo para o corpo humano.

O médico ainda destaca que o caso da intervenção cirúrgica pode ser realizado quando há uma intubação orotraqueal prolongada, que pode causar um estreitamento nas traqueias e dificultar a respiração do indivíduo. Existem casos de doenças que podem levar ao procedimento, como doença pulmonar crônica; câncer no pescoço; lesões na faringe; ferimentos graves; paralisia dos músculos de deglutição (Provenientes de AVC, doenças degenerativas, senilidade avançada, etc.).

Cirurgia e riscos

O procedimento é realizado com uma pequena incisão no pescoço, alcançando a parede da traqueia e os anéis de cartilagem que auxiliam na respiração. O Dr. Arthur ainda ressalta que pode ser feito uma retirada dos anéis para que o tubo traqueal fique bem acomodado, evitando estreitamentos em seu futuro.

  • Uma cânula é utilizada para realizar este atalho, com uma faixa no pescoço para auxiliar e ajudar na cicatrização e fixação. No caso de Mingau, provavelmente o tubo é conectado ao equipamento mecânico, como uma intubação.
  • Os riscos oferecidos são os mesmos de um procedimento cirúrgico: Infecção, inchaço, inflamação e pequenos sangramentos. Ela pode ser revertida quando não há mais a necessidade da cânula, mas existem casos em que ela é fixa e deve ser mantida para não trazer riscos ao paciente.
  • Para avaliar os riscos, uma equipe médica é necessária. São avaliados e considerados: Tosse de forma eficaz; se o paciente está engolindo normalmente e se não há bronco aspiração (quando os brônquios aspiram substâncias estranhas ao corpo e prejudicam a passagem de ar), bem como o fluxo respiratório. No caso de Mingau, um fisioterapeuta é solicitado para avaliar e auxiliar na recuperação muscular do local.

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