Rita Lee: Filhos falam dos dias sem a cantora, ao lado do pai

Não dá para acreditar ainda que Rita Lee (75) não está mais neste plano. A cantora morreu no dia 08 de maio, por conta de um câncer de intestino, do qual ela descobriu em 2021 e tentava se curar.

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Ela deixou o marido, Roberto de Carvalho (70), três filhos, Beto Lee (46), João Lee (44) e Antônio Lee (42), e dois netos: Arthur (05) e Izabella (17). Beto e João conversaram com o jornal O Globo e revelaram como estão os dias sem ter a presença física da mãe.

“Tem duas fases: a primeira é atravessar a tristeza e a saudade. A segunda, é refazer a vida. É uma ferida que nunca vai cicatrizar completamente. Mas, é isso aí, é keep going, movimento pra frente, como ela gostaria que fosse”, falou Beto.

João contou que, nas primeiras noites, todos buscavam uma conexão com Rita: A gente procurava no cheiro das roupas, na cama e onde mais ela passou boa parte de seu tempo. Aí, do nada, dá um calor gostoso, sinto ela do meu lado, parece que está me encostando.”

JUNTOS PARA SEMPRE

João revelou ainda que Roberto de Carvalho sente muito a falta da sua sompanheira de mais de 50 anos e que, portanto, todos ficarão juntos por enquanto.

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“Não tem sido fácil para ele voltar e ver o sofá onde ela ficava, a mesa de jantar, as roupas, a cama… Então, ficaremos um pouco nessa dinâmica: juntos. São duas almas que se encontraram no cosmos pelo amor e pela música. E um sempre soube destacar bem os créditos do outro, o que havia de melhor no parceiro. Química é uma coisa muito louca, né? Pode dar certo ou não. Os Ramones, por exemplo, banda que minha mãe amava: os caras se odiavam, mas, de algum jeito, dava certo. No deles, deu muito certo. É raro um casal hitmaker como eles.”

MAIS UM LIVRO, ROBÔ, VOZ…

Rita Lee sempre gostou de escrever e, por conta disso, existem vários blocos com composições, pensamentos e centenas de tweets que poderão ser publicados em formatp de livro logo mais.

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“A gente conversou muito sobre esses projetos. O legal é que tudo continuará sendo contado em primeira pessoa. Há tempos também vínhamos conversando sobre criar uma fundação. Porque há as cenografias dos shows, as roupas que ela fazia… Tem até o quimono que o Arnaldo usou em capa de disco… Está tudo no sótão dela, organizadinho. Também conversamos sobre criar um software nosso que simule a voz dela e disponibilizá-lo para o público produzir música, e sobre a possibilidade de criar um robô que tivesse a personalidade dela, um boot que fosse treinado com textos, documentos, tuítes dela para que as pessoas pudessem interagir”, finalizou João.

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