Selma Blair fala sobre os desafios e as dores da esclerose múltipla

Selma Blair, aos 51 anos, abriu o coração para seus seguidores compartilhando detalhes sobre sua batalha contínua com a esclerose múltipla e a síndrome de Ehlers-Danlos. Diagnosticada com esclerose múltipla em 2018 e em remissão três anos depois, Blair fala sobre a realidade de viver com essas condições raras, que trazem desafios diários e dores constantes.

Dor constante e os desafios diários

Através do seu Instagram, Blair revelou que “dói o tempo todo” e enfrenta dificuldades frequentes com ferimentos e agravamento da dor devido ao envelhecimento. “Eu sofri alguns ferimentos, mas isso não é nada horrível, assustador ou algo assim”, explicou. Sua determinação em permanecer positiva apesar das adversidades faz toda diferença no tratamento.

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Uma jornada de luta e resiliência

Ao mesmo tempo Blair esclareceu que está em remissão da esclerose múltipla, mas batalha contra a síndrome de Ehlers-Danlos continua. A atriz destacou as restrições que enfrenta, como a impossibilidade de se alongar, e compartilhou sua saudade por uma vida com mais energia e mobilidade.

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Defensora da conscientização

Vale registrar que recentemente Blair comentou sobre se tornar uma voz ativa na conscientização sobre essas condições. “Tornei-me uma espécie de rosto da doença, uma defensora de algo que é importante para mim”, disse ela ao The Guardian. Apesar de nunca ter imaginado assumir esse papel, ela reconhece sua importância em falar abertamente sobre as doenças crônicas e o estigma que muitas vezes as acompanha.

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Concluindo, Selma Blair segue inspirando muitos com sua honestidade e resiliência. Sua jornada não é apenas uma luta pessoal, mas um chamado à conscientização e compreensão das realidades das doenças crônicas. Através de sua voz e experiência, Blair se tornou uma defensora significativa para muitos enfrentando batalhas semelhantes, provando que, mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras, é possível encontrar força e gratidão.

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Entenda o que é esclerose multipla

OFuxico bateu um papo com o neurocirugião Dr. Renato Andrade Chaves para tirar todas as dúvidas acerca da esclerose múltipla. Confira a entrevista:

OFuxico: O que é esclerose múltipla?

Dr. Renato: A esclerose é uma doença degenerativa crônica inflamatória, que afeta todas as áreas do organismo. Esta doença faz com que o sistema imunológico cause agressão aos neurônios e afete o funcionamento dessas células, muito importantes para o corpo humano.

OFuxico: Existe uma cura?

Dr. Renato: Esta doença não tem cura, mas existe tratamento. Nos últimos anos, o tratamento para retardar o processo inflamatório evoluiu bastante. Isso proporciona melhor qualidade de vida ao paciente com esclerose.

OFuxico: Quais os tratamentos?

Dr. Renato: Atualmente, nos casos mais amenos, o tratamento é medicamentoso. Nos casos mais graves, durante surtos, existe a pulsoterapia, que é a administração de altas doses de medicamentos, por curto períodos de tempo, com corticoides sintéticos. Também é recomendado o uso da plasmaférese, um procedimento que limpa o sangue e exclui células autoimunes, que destroem a mielina.

OFuxico: Quais os primeiros sintomas geralmente?

Dr. Renato: Existem diversos sintomas diferentes, que variam de paciente para paciente. No início, alguns deles aparecem e desaparecem naturalmente. Entre eles estão: visão turva, dificuldade em controlar a urina, perda de força muscular, fraqueza, falta de equilíbrio, formigamento nas extremidades do corpo, dificuldades cognitivas, fala anasalada, tontura etc.

OFuxico: Existe uma certa pré disposição para ter esclerose?

Dr. Renato: Existe maior pré disposição para esclerose múltipla, em mulheres. Na maioria das vezes os pacientes são brancos, de etnias dos países com temperatura temperada. No Brasil, de acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde, a OMS, e Federação Internacional de Esclerose Múltipla, cerca de 40.000 pacientes sofrem de esclerose múltipla.

OFuxico: Da para conviver “em paz” com a esclerose?

Dr. Renato: Quanto a esclerose está controlada, com o tratamento correto e acompanhamento médico, de acordo com cada paciente, o paciente pode ter uma vida normal e de qualidade.

OFuxico: Como descobrir cedo?

Dr. Renato: É muito importante prestarmos atenção nos primeiros sintomas citados, pois como os mesmos desaparecem, da mesma forma como aparecem, se tornam imperceptíveis. Às vezes, o paciente ou a família ignora os primeiros sinais.