Amor Perfeito: Novela de época trouxe temas importantes mesmo nos dias atuais

Por - 15/09/23

Orlando (Diogo Almeida), Marcelino (Levi Asaf) e Marê (Camila Queiroz) em Amor PerfeitoDivulgação/Amor Perfeito/Paulo Belote/TV Globo

A novela “Amor Perfeito“, exibida pela Rede Globo, chega ao fim no dia 22 de setembro e ainda tem muita coisa para ser desenrolada.

A trama girou em torno de Marê (Camila Queiroz), que ficou oito anos presa por um crime que não cometeu. Na prisão, ela descobriu que estava grávida de Orlando (Diogo Almeida) e ao tentar fugir da cadeia, deu à luz ao bebê e o deixou com uma de suas companheiras de cela que foi morta durante a fuga.

Após ser solta, Marê passou muito tempo acreditando que seu filho estivesse morto sem nem sonhar que ele é Marcelino (Levi Asaf), um menino que ela sempre amou como se fosse seu filho.

Essa descoberta, no entanto, só deve acontecer no último capítulo da novela, exibida na faixa das 18h. A história se passou entre 1930 e 1940, mas retratou muitos temas que ainda são importantes nos dias atuais.

Confira!

Homofobia

Um dos temas retratados na novela foi a homofobia. Érico, personagem interpretado por Carmo Dalla Vecchia, teve um caso com Romeu (Domingos de Alcântara) no passado.

O advogado passou muito tempo escondendo isso e até cedeu à chantagens para que a história não viesse à tona. E quanto a bomba explodiu, ele foi alvo de preconceito na cidade.

Claro que já avançamos muito em relação à esse tema, mas homofobia ainda existe e infelizmente ainda nos dias atuais há casais gays que são agredidos apenas por serem quem são.

Érico (Carmo Dalla Vecchia) e Romeu (Domingos de Alcântara) em Amor Perfeito
Érico (Carmo Dalla Vecchia) e Romeu (Domingos de Alcântara) em Amor Perfeito – Foto: Divulgação/Amor Perfeito/Manoella Mello/TV Globo

Empoderamento feminino

“Amor Perfeito” também mostra que mulheres podem ser o que quiserem, inclusive governantes. Isso é exemplificado, principalmente, por meio de Cândida (Zezé Polessa), que se torna prefeita de Águas de São Jacinto e luta para que as mulheres tenham voz.

Cândida consegue o apoio das mulheres enquanto os homens continuam com a ideia antiquada de que mulheres devem ser apenas donas de casa.

Atualmente, já temos muitas mulheres em posições de poder. No entanto, há quem ainda acredite que não possamos ocupar esses cargos apenas por sermos mulheres.

Cândida (Zezé Polessa) em Amor Perfeito
Cândida (Zezé Polessa) em Amor Perfeito – Foto: Divulgação/Amor Perfeito/Leo Rosario/TV Globo

Diferentes tipos de família

  • Adoção

A novela sempre fez questão de mostrar que o amor perfeito é aquele que é real e verdadeiro mesmo em meio às suas imperfeições e por isso vários tipos de família são mostrados.

Um exemplo é o caso de Lívia (Lucy Ramos) que sempre sonhou em ser mãe, mas nunca conseguiu engravidar. Sendo assim, ela adotou Tobias (Davi Queiroz) e sempre o amou como se fosse seu filho biológico.

Albuquerque (Beto Militani), Lívia (Lucy Ramos) e Tobias (Davi Queiroz) em Amor Perfeito
Albuquerque (Beto Militani), Lívia (Lucy Ramos) e Tobias (Davi Queiroz) em Amor Perfeito – Foto: Divulgação/Amor Perfeito/Paulo Belote/TV Globo
  • Maternidade solo

Verônica (Ana Cecília Costa) se envolveu com Anselmo (Paulo Betti), que era casado, e acabou engravidando. Principalmente pelo escândalo que seria na época, o prefeito nunca quis assumir o filho publicamente.

Mesmo com todas as críticas e preconceitos, Verônica criou Júlio (Daniel Rangel) sozinha levantando o tema da maternidade solo.

Verônica (Ana Cecília Costa) e Júlio (Daniel Rangel) em Amor Perfeito
Verônica (Ana Cecília Costa) e Júlio (Daniel Rangel) em Amor Perfeito – Foto: Divulgação/Amor Perfeito/Fábio Rocha/TV Globo
  • Para ser família, só precisa ter amor

Na trama, Marcelino foi deixando ainda recém-nascido na porta da Irmandade e os religiosos pensaram que o menino havia sido abandonado pela mãe e nem imaginavam que se tratava do filho de Marê e Orlando.

Sendo assim, o pequeno foi criado com todo amor pelos padres, a quem ele chama carinhosamente de papais e vovôs. Mesmo após descobrir sua origem, o menino continuará vendo os padres como parte de sua família.

Apesar de diferentes tipos de família estar cada vez mais frequentes, ainda hoje vemos pessoas defendendo a família tradicional como o único tipo possível.

Marcelino (Levi Asaf) e Frei Severo (Babu Santana) em Amor Perfeito
Marcelino (Levi Asaf) e Frei Severo (Babu Santana) em Amor Perfeito – Foto: Divulgação/Amor Perfeito/Estevam Avellar/TV Globo
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