Encontro de Bruacas: Ângela Leal e Isabel Teixeira choram ao se conhecerem
Por Redação - 20/06/22 às 19:15
O site oficial de “Pantanal” promoveu um encontro virtual de Bruacas. De um lado, a atriz Isabel Teixeira, que está no remake da novela dando a vida a dona de casa submissa que dá a volta por cima após descobrir uma traição do marido, e do outro, Ângela Leal, que interpretou a mesma personagem em 1990. As duas falaram a respeito dessa mulher fictícia criada por Benedito Ruy Barbosa. Antes de se aprofundarem em diversos assuntos sobre a personagem, a emoção do encontro rolou solta. As duas foram às lágrimas quando ambas se conectaram pela primeira vez.
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“Estou muito emocionada com o seu trabalho. Estou muito feliz por você estar correspondendo tanto àquilo que senti”, disse Ângela chorando, assim que o rosto de Isabel apareceu. “Que coisa linda esse personagem que presente para uma atriz consciente, uma atriz cidadã, essa chance de mostrar através dessa personagem a liberdade que a mulher tem direito. O direito que ela tem sobre o seu corpo”, acrescentou. “Você corresponde brilhantemente, você merece nesse momento todos os aplausos do mundo, porque esse papel é icônico, esse papel é emblemático”, emendou Ângela.
Isabel contou que a personagem tem dado a ela um aprendizado de vida enorme.
“Comecei a me perguntar se o que eu estou vivendo está sendo bom para mim… E eu sinto que eu estou caminhado com ela (Maria Bruaca)”. “Mesmo que a gente não conviva, a gente ganhou um afeto uma pela outra, um carinho, uma amizade que só a sensibilidade artística pode explicar”, emendou Ângela, fazendo Isabel chorar.
“Eu sinto que a gente faz juntas e tudo se mistura para mim. A minha relação de mãe e filha se mistura, eu vejo você e a Leandra. Minha mãe também era atriz”, contou Isabel, que também não segurou as lágrimas.
Entre tantos assuntos, Isabel e Ângela ainda conversaram sobre machismo, um assunto de extrema relevância ligado a personagem.
“Naquela época o machismo predominava tão forte que Bruaca virou nome pejorativo, até de preconceito estrutural. Tipo galinha, piranha. Bruaca deixou de ser substantivo para ser adjetivo pejorativo de mulher largada, de mulher que é saco de pancada do marido, mulher otária que leva chifre”, disse a veterana. “Este lado do machismo ficava muito forte. E ainda tinha coisa de que ‘ela é velha demais’. Eu tinha 43 anos eu tinha na época”, acrescentou.
Outro ponto alto da conversa é quando Isabel constata que a personagem de Maria Bruaca foi de fato criada a quatro mãos, pois na época, a própria Ângela fazia pedidos ao autor de cenas que não estavam no roteiro. Como a cena do banho que a dona de casa toma após trair o marido pela primeira vez.
“A cena não existia, eu é que pedi para ter. O diretor aceitou, porque de alguma maneira, aquela mulher, traindo o marido pela primeira vez, a mistura de emoções dela, o que ela desejaria era água. Porque a água lava, limpa”, contou.
Em outro momento, Ângela voltou a elogiar Isabel e falou da importância da personagem para a sociedade.
“Isso está indo para as mulheres. Tem muitas mulheres que estão pensando, se interrogando porque o teu personagem, a Bruaca, está levando elas a isso. Fala verdade, o que que o ator mais quer na vida do que ser um espelho da sociedade para poder ser exemplo, refletir aquilo que não pode, aquilo que pode, o caminho melhor a tomar. E a tua Bruaca está fazendo isso”.
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