Pantanal: ‘Tenório terá o fim que merece’, revela autor

Na manhã da última quarta-feira (31), Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa e que é o autor do remake de Pantanal, foi o convidado especial do Encontro com Patrícia Poeta e revelou que o vilão da novela, Tenório, terá um fim que deve agradar o público.

Ao ser questionado sobre o personagem interpretado por Murilo Benício, Luperi não quis falar muita coisa, mas Patrícia Poeta, apresentadora do programa, fez uma revelação de uma conversa nos bastidores.

“O Bruno (Luperi) me contou uma coisinha e a frase dele, que eu não esqueci, foi: ‘Tenório vai ter o fim que merece’”.

POR QUE TRINDADE NÃO VAI VOLTAR?

Questionado sobre uma possível volta de Trindade, personagem de Gabriel Sater em Pantanal, Luperi deu uma desanimada para quem torcia para o retorno dele, mas despistou.

“É um personagem cativante, deu para trabalhar muito personagem, várias camadas, e vamos falar do trabalho do Gabriel que é um cantor, ator e instrumentista excepcional. É muito duro, mas para a novela acontecer, ela foi escrita durante a pandemia porque o Pantanal tem o regime das águas da seca e das cheias, dependendo das condições climáticas não poderíamos gravar, precisávamos de toda a novela escrita antes de ir ao ar, é uma obra fechada. O Trindade tem o caminho que a trama permite, não posso adiantar muito. Com certeza é um personagem que vai deixar saudade. É um pouco do luto precipitado”, afirmou.

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MARIA BRUACA

Já quando o assunto foi Maria Bruaca, ele destacou a importância da personagem em repassar para o público sobre os direitos das mulheres, algo que mudou bastante quando a primeira versão de Pantanal foi ao ar.

“A Maria Bruaca é um dos personagens mais emblemáticos desta adaptação, porque nestes 32 anos que se passaram, o direito da mulher, o direito da família evoluiu muito. Permite uma discussão ampla sobre o assunto e existem, no Brasil, muitas Marias Bruacas, que são tratadas desta maneira, que não percebem este tratamento abusivo e hoje existem mecanismos legais que, inclusive, salvaguardam os direitos dela”, afirmou.

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“Então, na concepção desta adaptação, a Maria Bruaca tem um arco muito bem alimentado que passa por diversas camadas. O primeiro foi o momento em que ela cativou o público e todo mundo deu a mão para ela, todas as mulheres que sofreram, quem tem empatia pela causa ou o mínimo de coração, tentara, ajudá-la a se reerguer e ela se reergueu da maneira que ela poderia, trocando chumbo com o próprio marido, se envolvendo com os peões, devolvendo os chifres que ela levou, só que ela também vai passando por um processo de elucidação ao longo da trama e eu acho isso muito bonito, porque a novela, no Brasil, principalmente, tem um caráter educacional muito importante, a gente não pode se omitir disso. É uma novela que passa em um Brasil com tamanho continental, que chega em lugares que saneamento básico tem ainda, então é a oportunidade de falar sobre esse assunto com uma personagem que é cativante e que ensina as mulheres um pouco do caminho que a lei oferece para ampará-las. E a Maria passa por todas as etapas deste sentimento que é a vida dela, desta montanha-russa que é a vida dela, vai se emancipando por conta própria”, completou.

Sobre com quem Mary Bru, como é carinhosamente chamada pelos fãs da trama, vai ficar, o autor despistou.

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“Termina extremamente feliz, do jeito que ela merece. Pelo desejo do público não dá para agradar a todos, porque uma quer que ela fique com o Levi, que ressuscita, uma com o Alcides, uma que ela fique sozinha. Ela tem dois ‘ficares’: o primeiro é ficar bem consigo mesma, que é um grande arco de construção de autoestima, que foi destruído e é muito importante esse resgate para esse momento de Brasil. E depois disso, ela vai ter o homem dela, né? Que ela está toda feliz, ela merece”, disse.

“Alcides?”, questionou Patrícia Poeta.

“Ah, tem que ver a novela. Daqui a pouco acaba e não tem mais o que contar (risos)”, finalizou Luperi.

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