Karol Conká admite ao Fantástico: ‘errei feio, fiquei mergulhada na soberba’
Por Redação - 28/02/21 às 21:23 - Última Atualização: 6 abril 2021
Carregando o título de maior rejeitada do Big Brother Brasil, Karol Conká conversou com o Fantástico deste domingo, 28, reconheceu ter cometido erros em seus dias de confinamento, mas negou ser uma vilã.
A rapper curitibana conversou com a repórter Ana Carolina Raimundi e minimizou suas atitudes dentro da casa. "Sinto que sou uma pessoa que cometeu erros, teve um deslize e ficou achando que aguentaria", argumentou.
Sobre as acusações de ter sido cruel com Lucas Penteado, a cantora buscou no passado os motivos de sua personalidade dura. Contou que o racismo sofrido quando criança se transformou em uma dificuldade de mostrar seu lado vulnerável. Pela primeira vez desde que foi eliminada do programa Karol Conká, 35 anos, admitiu ter cometido abuso psicológico com seus colegas de confinamento. “Eu errei feio, fiquei mergulhada na soberba”, afirmou.
Sem se permitir chorar em publico a intérprete de Tombei falou da dificuldade de encarar as consequências de seus atos: “Estou achando péssimo estar chorando agora. Eu tenho que estar sempre forte porque vi minha mãe fazendo muito tempo isso. E porque a fraqueza está ligada a vulnerabilidade. Depois que a gente sai e vê as imagens, elas são muito perturbadoras”, desabafou.
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Racismo sofrido na infância
A ex-sister relembrou que quando criança chegou a passar água sanitária na pele, acreditando que sua pele poderia ficar mais clara. Disse que tanto os colegas da escola como também os professores sempre a trataram com diferenças e racismo.
“Uma professora disse pra mim: ‘você não consegue resolver a equação porque você é negra, você nasceu para limpar privada’”. Esse tratamento fez com que, ainda nos tempos de escola, a curitibana criou a personagem Karol Conká e começou a escrever rap como uma maneira de ser aceita pelo meio: "Foi no colégio, tipo uma gincana. Cada um entregava uma coisa e eu falei 'deixa que eu escrevo um som'".
A decisão de ser artista fez as coisas melhorarem um pouco e ela se sentir mais integrada ao grupo: “Aí os meninos pararam de mexer comigo, não era mais aquela neguinha. Eu já era Karol Conká”, relembrou.
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O choque da rejeição
Durante a conversa com a repórter Karol admitiu que o recorde de rejeição foi um choque inesperado e que os 99,17% de votos recebidos estão sendo digerido aos poucos. A cantora é firme ao dizer que não se sentiu a vilã do programa.
Desde que deixou a casa do Big Brother Brasil, Karol não parou. Nos primeiros dias ela cumpriu uma longa agenda de entrevistas para os programas da Globo e também para os canais pagos do grupo. Só retornou para sua casa em São Paulo na quinta-feira, 25 de fevereiro.
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Olho no futuro
A rapper encara agora o desafio de transformar a sua imagem e não deixar que a participação no reality show comprometa e prejudico seus 18 anos de carreira. Pelo jeito a Globo quer contribuir para o resgate da imagem da artista. Segundo informação de Chico Barney, do UOL, a Globoplay prepara um documentário sobre o antes, durante e depois de sua participação no Big Brother Brasil. O jornalista informou ainda que a equipe do canal pago já iniciou as gravações e conta com livre acesso aos familiares da cantora, incluindo aí mãe e filho.
A entrevista para o Fantástico foi gravada no estúdio de Karol Conká, em São Paulo.
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