Ana Hikari abre o jogo sobre bissexualidade e relembra assédio

Ana Hikari está escalada para a novela “A Vovó Sumiu”, que será exibida na faixa das 19h na Rede Globo, e relembrou alguns momentos difíceis que viveu.

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Durante um intercâmbio em Portugal, a atriz foi assediada em uma cafeteria onde trabalhava. “Estava trabalhando no turno da noite, quando o gerente começou a dispensar todos os funcionários no final do expediente, menos eu. E enquanto eu lavava a louça, ele esbarrou três vezes na minha bunda. De repente, ele fechou a porta do local e aumentou o som do rádio, eu fiquei desesperada. Por sorte, entrou o gerente de um outro café, os dois começaram a conversar e ele me dispensou”, disse ela.

A famosa também foi assediada por um colega de turma que estava a fim dela, porém Ana não quis nada com o rapaz. “Ele era o tipo ‘valentão’ da escola, que pegava todas as meninas. E quando eu o rejeitei, ficou extremamente ofendido e começou a me tratar mal. Mandava eu voltar para minha terra. Uma vez, quando fazíamos aula de performance, às vezes com pouca roupa, ele chegou em um exercício em dupla e falou, ‘todo dia te imagino desse jeito. Me masturbo imaginando você assim'”, disse ela, em entrevista para O Globo.

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Não-monogamia

Ana Hikari namora há dois o chef uruguaio Facundo Connio, a atriz vive um relacionamento à distância e não-monogâmico.

“Ele é a pessoa mais leve com quem já me relacionei, de todos os gêneros. Estamos abertos para nos relacionarmos com outras pessoas, e abertos a dialogar sobre nossos combinados e limites”, disse.

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A artista também revelou que também existe ciúmes nesse tipo de relação. “Eu não sou ciumenta, mas ter uma relação não-monogâmica não significa que não vamos ter ciúme, eventualmente pode acontecer. Já aconteceu e está tudo certo. O importante é saber que você precisa conversar”.

Bissexualidade

Ana se considera bissexual e revelou que nunca viu necessidade em assumir esse rótulo, já que para ela é algo natural.

“Sempre falei abertamente sobre minha bissexualidade, no Twitter, era algo recorrente, as pessoas já sabiam. Faz parte da minha vida, do que eu sou, e trazer essas discussões é naturalizar nossa existência. Eu sempre digo, uma pessoa hétero chega e fala: ‘mãe, pai, a gente precisa conversar, eu sou hétero?’ Não… então, não senti essa necessidade. Chegava com uma menina, um menino, em casa e estava tudo certo”, concluiu.