Pedro Cardoso fala de Beyoncé e dispara: ‘Sexo vende mais’
Por Raphael Araujo - 02/01/24 às 16:16
Que Beyoncé é um fenômeno na música a nível mundial, isso não é novidade para ninguém, e sua vinda ao Brasil causou tanto rebuliço que a cantora continua sendo pauta de discussão e postagens em redes sociais, e foi a vez de Pedro Cardoso comentar sobre a fama da artista.
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A “deusa do pop” acabou sendo um exemplo de comparação do ator e Agostinho de “A Grande Família”, da TV Globo, sobre o que faz sucesso na atualidade e o que não faz, com a musa sendo comparada à carreira da Tracy Chapman, cantora estadunidense de folk, blues, soul e pop rock, vencedora de 4 prêmios Grammy Awards.
“Bom ano. A mim, mais me toca a arte de Trace Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto…, mas a minha questão aqui é a razão de a Beyonce ser mais consumida do que Trace. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro”, iniciou ele.
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“E desconfio que o maior sucesso comercial das ‘Beyoncé’ frente as ‘Chapman’ se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no Wikipedia: ‘Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal’”, avaliou ele.
Vida pessoal ante a profissional
Pedro prosseguiu: “Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc. e, principalmente, a vida sexual dos ditos ‘famosos’! Quase nada dizem sobre a arte deles!”
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“Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas”, disparou o ator.
“Não gosto nem desgosto especialmente de Beyoncé mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar”, avaliou ele.
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Reflexão do que é arte
O astro disse ainda: “A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável”.
“Quem muito vive a vida dos outros, busca distrair-se da sua, eu acho; e me parece natural. Problema para mim é se fazer um comercio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural, mas a superexcita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos”, declarou o eterno Agostinho Carrara.
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“E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, ‘Beyoncés’ não venderiam tanto”, concluiu Pedro Cardoso.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.