Alok chora ao falar do pai, que está em Israel. Entenda o motivo da guerra no país
Por Flavia Cirino - 10/10/23 às 08:35
Muitos brasileiros estão em Israel, país que trava um conflito armado com a Palestina desde o último dia 07 de outubro, já resultando na morte de mais de 1500 pessoas. O ataque, que pegou todo mundo de surpresa, teve como um dos primeiros alvos do grupo Hamas o festival de música eletrônica Universo Paralello, que acontecia em um local a cerca de 30 minutos da Faixa de Gaza.
Pai de Alok, o DJ Juarez Petrillo estava prestes a se apresentar no evento quando tudo aconteceu. Na madrugada desta terça-feira, 10 de outubro, chorando muito, Alok deu detalhes da situação de seu pai e comentou os ataques.
“O meu pai estava no evento que aconteceu um grande massacre dos terroristas, que matou mais de 260 pessoas. Meu pai estava prestes a se apresentar quando começou a ter um bombardeio e o evento foi interrompido e a polícia começou a evacuar”, disse ele, explicando ainda como Juarez conseguiu escapar.
Todo mundo saiu correndo. Meu pai saiu correndo, conseguiu entrar em um carro e sair de lá. O carro de trás foi baleado, meu pai conseguiu se abrigar em um bunker e ficou seguro lá”.
O artista ressaltou que o pai apenas tocaria no evento, desmentindo boatos de que Juarez seria o organizador: “Infelizmente, em meio a todo esse caos e essa angústia, está rolando uma fake news de que meu pai era o responsável e produtor do festival. O que não é verdade. Meu pai não é o organizador, não é o responsável, ele foi lá como contratado! Me ajudem a espalhar o que é verdade, por favor”, pediu Alok.
Pai de Alok organiza evento homônimo e licencia a marca
O DJ explicou que Juarez é o idealizador de um festival com o mesmo nome do realizado em Israel. A relevância do evento de Petrillo é tanta que ele licencia a marca do festival para que outros produtores realizar o evento em seus países, exatamente como aconteceu em Israel.
- O Hamas bombardeou Israel na manhã do dia 07 de outubro, pelo horário local;
- O ataque surpresa foi considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos;
- Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”;
- O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.
“O meu pai é idealizador de um festival chamado Universo Paralello, que acontece no Brasil há mais de 20 anos. É o maior festival de arte e cultura alternativa da América Latina, é conhecido mundialmente. Meu pai já licenciou a marca do festival para diversos países como Índia, México, Argentina, Europa, enfim, e foi a mesma coisa que aconteceu agora em Israel pela primeira vez. Um produtor local israelense chamado Tribe of Nova contratou a identidade visual, contratou meu pai e o direito do uso da marca, tanto que o nome do festival é ‘Supernova apresenta Universo Paralello’.”
Alok não sabia que o pai estava em Israel
O marido de Romana Novais contou ainda em seu desabafo que não possui muito convívio com o pai. Ele revelou que soube que Juarez estava no local bombardeado através de postagens na internet.
“Eu, infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Ele é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, e eu também. Ele não sabe onde eu tô e eu não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet e eu até queria ter mais convívio com o meu pai. Meu pai tá bem, está seguro, ele conseguiu chegar em Tel Aviv ontem e está fazendo todos os esforços para voltar ao Brasil. Tudo o que eu quero agora é abraçar ele, acolher ele, mas, infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso. Muita tristeza.”
Pai de Alok registra os bombardeios
O DJ Juarez Petrillo filmou o festival sendo interrompido. Ele mostrou fumaça no céu e as pessoas se movimentando no evento de música eletrônica, em Tel Aviv.
“Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes”, escreveu.
Juarez escreveu que era para estar tocando no momento do bombardeio, mas a programação atrasou uma hora. Ele detalhou que tinha três “sets” para tocar, mas acordou passando mal.
“Surreal! Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer”, escreveu.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino