Reynaldo Gianecchini surge de cabelos tingidos em campanha publicitária
Por Flavia Cirino - 21/07/23 às 12:15
Exatos 16 anos depois de estrelar uma campanha publicitária de amaciante de roupas, Reynaldo Gianecchini volta a emprestar o seu carisma à a marca. Mas com um detalhe: moreno!
Na nova campanha da linha Mon Bijou, que vai desde a pré-lavagem das roupas até a finalização, o galã aparece novamente de cabelos pretos, deixando pra trás – ao menos neste trabalho – a fase grisalha que deixou fluir durante a pandemia.
“Eu adorei o convite da Bombril pra voltar a fazer uma campanha pra Mon Bijou. A última que fiz, há 16 anos, foi um sucesso e uma das minhas preferidas, porque fala de um produto tão familiar, que esteve sempre em nossas casas, de um modo afetuoso, divertido, criativo. A cara da marca!”, disse ele, sem citar a transformação.
“E essa atual vai ser ainda melhor, com uma família maior de produtos e muita inspiração! Fizemos um trabalho incrível (e divertido) na captação e eu já quero ver logo o resultado (sim, teve musiquinha e dancinha! hehe). Que bom fazer parte desse momento da empresa. A Bombril com todas as suas linhas está na casa dos brasileiros e fazer parte dessa família é um prazer!”, contou o ator.
Contratado por obra, ele ressaltou ainda que não pensa em voltar a fazer novelas: “Neste momento, não. Estou bem animado para fazer coisas que não fiz ainda. Fiz só novelas durante 22 anos. Fiz muito pouco teatro, filmes, séries. Queria focar mais nesses projetos curtos e intensos”.
POR QUE GIANECCHINI NÃO ASSUME RELACIONAMENTO?
Aos 50 anos, o ator segue em cartaz no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, com o espetáculo “A Herança”, um espetáculo diferente de tudo que ele já interpretou. No palco, o ex-marido de Marília Gabriela vive um gay conversador que o ator classifica compara a “um gay bolsonarista no Brasil”.
A peça apresenta a comunidade homossexual, de diferentes gerações, nos Estados Unidos: “Um trabalho desse obviamente que tem um monte de coisa em jogo. Tem ‘eu’ querer me adentrar mais nesse assunto, entender melhor e olhar como uma lupa para essa comunidade. Tem ‘eu’ também querendo viver esse processo, para ver como me afeta”, disse ele à revista Veja.
Adoro falar da minha liberdade, de poder ser quem eu sou com todas as nuances”.
Ressaltando que não se tornou militante da causa gay, o artista ponderou: “A minha bandeira é ser livre. E talvez a minha militância maior seja as escolhas do que faço. Essa peça, por exemplo, é uma militância. Comecei a falar sobre a minha sexualidade mais fluida quando me senti maduro. Eu já tinha olhado bastante para dentro, para entender e poder falar sobre isso. Todo mundo tem o seu tempo para fazer isso, deixar aflorar. Possivelmente antes eu não estaria maduro, nem pronto para falar e aceitar esse trabalho. A gente vive numa sociedade extremamente reprimida, além de ser careta e homofóbica. As pessoas preferem criticar a sexualidade alheia, porque não olham direito para si próprias”.
Questionado se estaria pronto para assumir um relacionamento gay, ele titubeou: “Eu não sei se eu teria vontade de assumir. Quando eu me relacionar vou pensar, seja com quem for, de que gênero for… Aí vou entender se quero que aquilo fique no privado ou se quero abrir. Não é uma programação”.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino