Mar do Sertão: Conheça a história de amor e conflitos da nova novela das 18h

Por - 17/08/22 às 07:00 - Última Atualização: 22 agosto 2022

Sérgio Guizé e Isadora Cruz, caracterizados para Mar do Sertão, quase beijandoSérgio Guizé e Isadora Cruz iniciam a trama como noivos - Foto: TV Globo

O sertão nordestino servirá de cenário para uma grande história de amor, tendo como pano de fundo os conflitos entre os coronéis e dinastias. “Mar do Sertão”, escrita por Mário Teixeira e com direção artística de Allan Fiterman, retratará um Brasil “profundo como o oceano, reluzente como o sol”. A história da nova novela das seis será clássica, no melhor estilo “novelão”, deixando o questionamento: será que todo grande amor é capaz de resistir ao tempo e à distância?

Candoca (Isadora Cruz) e Zé Paulino (Sergio Guizé) são completamente apaixonados um pelo outro, mas são separados por uma manobra do destino: ele sofre um acidente e é dado como morto. Depois de 10 anos, quando retorna, Candoca está casada com seu grande rival, Tertulinho (Renato Góes). 

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Essa história se desenrola em Canta Pedra, um lugar que, segundo contam, já foi mar e virou sertão. Assim, a profecia de Antônio Conselheiro de que o sertão vai virar mar é uma esperança para os moradores da pequena cidade fictícia: há muito tempo, o povo de Canta Pedra espera pela chuva enfrentando as dificuldades impostas pela seca.

É nesse ambiente que a fábula contemporânea se passa, num pedaço que é físico, mas que também é parte essencial da personalidade de cada uma das figuras que compõem esse enredo.

AMOR INTERROMPIDO PELO DESTINO

Candoca e Zé Paulino estão noivos. Ela traz toda a doçura da juventude, mas também carrega a força do sertão dentro de si. Criada pela mãe, Dodôca (Cyria Coentro), uma costureira viúva, Candoca é professora em Canta Pedra e está sempre atenta ao que acontece na cidade e pronta para defender qualquer injustiça. Zé Paulino, vaqueiro da fazenda Palmeiral, também é conhecido por todos por seu caráter honesto e justo. O rapaz tem como principal exemplo o pai, Daomé (Wilson Rabelo), meeiro da fazenda. Zé Paulino também é muito leal ao patrão, coronel Tertúlio (José de Abreu).

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A ansiedade de Candoca e Zé Paulino pelo casamento é grande. Mas o coronel Tertúlio dá ordem para que o filho leve um cavalo até outra cidade na data em que a cerimônia está marcada. Enquanto isso, Tertulinho, filho do coronel, retorna a Canta Pedra depois de uma longa temporada na capital. Ao reencontrar Candoca, o encantamento dele é imediato. Mesmo quando fica sabendo que a jovem é noiva de Zé Paulino, Tertulinho segue com suas investidas. É aí que o destino age.

O coronel Tertúlio avisa que o filho deve acompanhar Zé Paulino na entrega do cavalo, mas uma forte chuva durante a viagem provoca um acidente. Tertulinho consegue se salvar, enquanto Zé Paulino é dado como morto.

Dez anos se passam e Zé Paulino retorna mais vivo do que nunca a Canta Pedra, afetando a vida de todos os moradores da pacata cidade, principalmente a de Candoca. Os dois ficam entre o dilema de viver o que sentem ou deixar que a mágoa fale mais alto. Zé Paulino ainda é tomado pela vontade de fazer justiça e mudar a configuração de poder da região.

TIMBÓ E A ALEGRIA DE VIVER

Timbó poderia ser apenas mais um dos sertanejos que tiveram que driblar as consequências da seca para sobreviver no sertão. Mas seu bom humor e até um pouco de malandragem fazem com que ele encare a vida com leveza e criatividade. Apesar de não ter estudado formalmente, sua vivacidade de espírito faz com que ele tenha resposta para tudo. Ao lado de seu fiel companheiro, o burrico Shop Cênti, é figura conhecida por todos de Canta Pedra.

Ele é casado com Tereza (Clarissa Pinheiro), mulher forte e religiosa, mas que é também uma pessoa sofrida, o que a tornou ressabiada e caladona. A mulher é o pilar da família. Não tem grandes ambições, mas gostaria de ter uma vida com menos dificuldades, por isso é quem incentiva – ou melhor, obriga – Timbó a procurar trabalho. O problema é que ele não é muito chegado a pegar no pesado.

Tereza e Timbó são pais de Mirinho (Lucas Galvino), Rosinha (Manuella Guimarães/Sara Vidal) e Joca (Miguel Venerabile). Mirinho, o mais velho, está sempre envolvido com más companhias e querendo se dar bem, de preferência sem fazer esforço. Esse traço de seu caráter faz com que ele se aproxime de Tertulinho para ajudar o filho do coronel no plano de ter Candoca para ele. Rosinha, assim como os pais, consegue superar as dificuldades em todas as situações por conta da sabedoria empírica que os ensinou a sobreviver no agreste. É aluna de Candoca no início da trama e tem a professora como inspiração. Joca, o caçula dos Timbós, torna-se melhor amigo de Manduca (Enzo Diniz), o filho de Candoca e Zé Paulino. 

Zé, aliás, é referência para Timbó. E quando o filho de Daomé volta, 10 anos depois, Timbó é um dos que terá a vida transformada com a ajuda do amigo – e com uma dose de sorte.

Família Timbó - Mar do Sertão, pai, mãe e filho de roupa nude, na fachada da casa de barro ,
A família de Timbó, embora humilde, esbanja alegria – Foto: TV Globo

FAZENDA PALMEIRAL 

Donos do único açude de Canta Pedra, o coronel Tertúlio e sua família garantem a influência sobre a região. Pai de Tertulinho e marido de Deodora (Debora Bloch), o coronel é um dos desbravadores da cidade. Pouco integrado aos novos tempos, ele tem orgulho da posição que conquistou.

Na tentativa de formar um sucessor para seus negócios, ele envia Tertulinho para estudar na capital. O jovem mulherengo só quer saber de vida boa às custas do pai. No início da trama, ele tem um caso com Xaviera (Giovana Cordeiro), que é comprometida. Quando eles são flagrados pelo noivo dela, Tertulinho vai embora fugido da capital e volta para Canta Pedra.

É aí que surge a paixão por Candoca, ao vê-la nadando no açude da fazenda. E, mesmo descobrindo que a jovem está noiva de Zé Paulino, Tertulinho não desiste de tentar conquistá-la, afinal, ele nunca ouviu um “não”. Não seria essa a primeira vez.

Guiando essa família está Deodora, mulher racional e prática, que faz de tudo para proteger o filho e para manter o status da família. Status esse que ela vê ameaçado principalmente pelas ações irresponsáveis do filho. Quando ele se interessa por Candoca, Deodora é a primeira a ser contra. É impensável para ela vê-lo ao lado da filha de uma costureira.

Fiéis à família Tertúlio está o casal Catão (Déo Garcez) e Ismênia (Ana Miranda). Ele, capataz da fazenda, e a esposa, empregada e faz-tudo na casa. Junto com eles, entre os funcionários da propriedade, estão Joel (Matteus Cardoso), um peão tocador de gado que vive acomodado em seu papel de eterno servidor do coronel, de quem se julga devedor; e Daomé (Wilson Rabelo), pai de Zé Paulino e meeiro do coronel Tertúlio. 

A família Tertúlio em Mar do Sertão
Divulgação TV Globo/Paulo Belote

CANTA PEDRA

Apesar de manter as características de interior, com sua igreja onde a população, todos os domingos, vai à missa do padre Zezo (Nanego Lira) e sua pracinha que é ponto de encontro dos jovens, Canta Pedra também acompanha os passos da modernidade. Tecnologia, por exemplo, não falta, como vemos quando Cira (Suzy Lopes), fofoqueira-mor da cidade, começa a publicar nas redes sociais tudo o que acontece ali.

Mas nem só de mexericos são feitas as notícias que chegam aos moradores. A “Gazeta de Canta Pedra”, escrita pelo jornalista Eudoro Cidão (Érico Brás), cobre os acontecimentos da região, especialmente os políticos, enaltecendo os atos do prefeito Sabá Bodó (Welder Rodrigues).

Como a gráfica de Eudoro também edita o Diário Oficial da cidade, ele segue a cartilha para não perder essa vantagem. Falando em Sabá Bodó, o prefeito não apenas é louco por dinheiro e poder, como também tem a ambição de deixar seu nome marcado na história de Canta Pedra. Para isso, ele pretende construir um açude, o que faria coronel Tertúlio perder o domínio total sobre a água da região.

Primeira-dama de Canta Pedra, Nivalda (Titina Medeiros) também está sempre por dentro do que acontece, principalmente, no mundo da moda. Na tentativa de se destacar das outras mulheres da cidade, ela, por vezes, exagera na forma de se vestir. Já a filha de Sabá e Nivalda, Jessilaine (Giovanna Figueiredo), é mais discreta que a mãe e vista pelo prefeito como sua herdeira política. No início da história, ela vive um pouco na sombra dos dois, mas, com o passar do tempo, vai descobrir que pode, sozinha, tomar as rédeas da própria vida – e do comando da prefeitura.

O comércio da cidade também não fica para trás. A loja de Zahym (César Ferrario) vende desde tapetes persas e eletrodomésticos até produtos do dia a dia. A seu lado no negócio está a esposa, Latifa (Quitéria Kelly), que, sob o recatado véu, desperta os sonhos dos homens da cidade. Zahym cria a filha Labibe (Theresa Fonseca) com mão de ferro, pois, segundo ele, a jovem está prometida a um sheik de sua terra natal. Labibe, no entanto, não leva muito a sério essa conversa do pai, duvidando sobre a real existência desse sheik que um dia vai aparecer. Romântica, ela sonha em se casar, mas por amor, mesmo que não seja com um príncipe, como o pai deseja.

Ao caminhar com o progresso, Canta Pedra vira lugar atrativo para aqueles que querem se dar bem, como é o caso de Vespertino (Thardelly Lima). Agiota aproveitador e oportunista, ele veio da capital e mantém uma casa de câmbio na cidade como fachada para seus negócios escusos. Ao seu lado está sempre Pajeú (Caio Blat), seu jagunço que protege o patrão de tudo e de todos.

Da capital, chega a Canta Pedra a exuberante Xaviera (Giovana Cordeiro), amante de Tertulinho no início da trama. Preterida pelo rapaz, se aproxima de Zé Paulino quando ele volta para Canta Pedra. Com um passado conturbado, Xaviera é uma sobrevivente, uma mulher disposta a não repetir esse passado, e que defende com unhas e dentes a chance de construir um futuro melhor para si. 

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino