Pantanal: Paula Barbosa será novo par romântico de Zé Loreto: “Parceiro incrível”

Neta do escritor Benedito Ruy Barbosa, autor original da obra, Paula Barbosa chegou de mansinho à novela “Pantanal”, e com a sua personagem Zefa, já anda dando pitaco na vida alheia após ser contratada por Bruaca (Isabel Teixeira) para cuidar dos afazeres da casa. É sob o teto de Tenório (Murilo Benício) que a empregada fala o que realmente pensa sobre aquela família.

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Em conversa com OFuxico, diretamente do Pantanal, Paula falou primeiramente da relevância de estar em uma obra escrita por seu avô. “Eu cresci ao lado dele, estava junto dele enquanto as coisas estavam acontecendo, então, às vezes, a gente não tem essa visão da dimensão que é. Hoje, mais velha e como atriz, tenho a plena consciência da importância dele e do quanto é maravilhoso fazer parte de um trabalho como esse, que fez tanto sucesso e que mudou a vida de tanta gente”, contou.

“Ele também sempre foi muito rígido. Ele já me disse: ‘não é porque você é minha neta que você vai participar das coisas e tal’, e eu sempre tive consciência disso. Isso foi bom porque me fez trabalhar e batalhar demais”, acrescentou.

Na versão original de 1990, quem deu vida a Zefa foi a atriz Giovanna Gold. Ela contou como foi o processo de construção da atual personagem e de atuar com seu novo par romântico, José Loreto.

“Lá atrás, eu assisti a novela inteira, depois parei e não olhei mais. Tentei pegar o que eu sei que funcionou e foi legal, e o que eu sei que vai funcionar agora 30 anos depois, porque nem tudo funciona hoje de novo”, explicou. “Estou tentando fazer a minha Zefa um pouco mais faceira. A relação dela como Tadeu (José Loreto) é de tentar repelir toda essa coisa de religiosidade que ela tem e mostrar mais esse lado dela morrer de vontade (de transar). Ela é uma menina-mulher que nunca se entregou antes aos prazeres, e por mais que ela se reprima, ela tem desejo, ela tem vontade e ela quer saber como é”, contou.

Paula disse que a equipe da novela já tem uma boa parte de cenas gravadas dela com José Loreto, a quem ela é só elogios.

“Tem sido divertidíssimo, ele é um cara muito alto astral, super dedicado, a gente troca muito sobre o que nós achamos desse casal, o que queremos, e é um casal divertido também. O clima é sempre muito gostoso, não é pesado, não é tenso. A gente têm se divertido bastante, ele tem sido um parceiro incrível, estou muito feliz”, confessou a atriz.

Se Paula tem algo de Zefa? “Sempre fui uma pessoa que falo o que pensa sem medir muito as consequências. Claro que hoje, com 35 anos, eu já aprendi com a vida que tem coisa que não tem porque a gente falar, que não diz respeito a nós”, ponderou.

“Mas na minha adolescência, eu sempre fui muito assim: eu via e falava, dava a minha opinião independente se alguém perguntava. Até cheguei a ganhar uma certa fama de briguenta, que se metia nas confusões dos outros”, recordou.

Em julho do ano passado, em entrevista ao jornal O Globo, Benedito Ruy Barbosa contou que havia indicado Vanessa Giácomo para ser a Juma, papel que hoje é de Alanis Guinlle. “Juma Marruá é uma das melhores personagens femininas que escrevi. Tinha indicado a Vanessa Giácomo, mas a Globo decidiu fazer com outra atriz . Confio na escolha deles”, disse ele na época.

Aproveitando o gancho desta história, perguntamos à Paula o que o avô tem achado da novela, hoje adaptada pelo neto, Bruno Luperi. “Meu avô tem gostado muito, acho que para ele tem sido uma coisa muito incrível ver nas mãos do neto escrevendo e a neta atuando, um trabalho que é dele e que foi tão suado para acontecer. Acho lindo a história dele contanto que no começo (as emissoras) não queriam fazer. O projeto ficou engavetado, até que ele conseguiu realizar esse sonho dele, então, para ele, está sendo novamente muito especial”, contou.

Está previsto para a última cena do remake, uma homenagem a Benedito Ruy Barbosa. Theo e Lia Luperi, filhos de Bruno Luperi, vão interpretar os filhos de Juma (Alanis Guillen) e Irma (Camila Morgado). A novidade foi confirmada pela produção da novela ao Gshow.

Luperi conversou com a equipe do site sobre a homenagem ao avô. “Ter quatro gerações envolvidas nessa história agora, poder fazer a adaptação e para fechar ter os filhos fazendo participação… isso, de certa forma, faz valer a máxima da música que o Marcus Viana compôs: ‘Os filhos dos filhos dos nossos filhos verão’”, contou.

Ele disse ainda que está na expectativa dos filhos curtirem a participação. “É mais uma homenagem pela semente que ele plantou, pela família que ele concebeu, pela história que sonhou e ousou realizar, e para os meus filhos é poder que eles façam parte desse sonho”, reforçou o escritor. “A alegria e a expectativa é para que aproveitem, se divirtam e se envolvam com história da mesma forma que eu consegui fazer”, acrescentou.

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