Entenda a nova reviravolta do caso de Agenor Tupinambá

Parece que foi em outro ano, mas foi neste mesmo: Lá entre março e maio, a internet foi dividia entre opiniões por conta da história de Agenor Tupinambá e da capivara Filó. Teve quem defendesse e julgasse que a criação de um animal silvestre como um pet dentro de casa é normal. Teve quem se pronunciasse e mostrasse os perigos que aquilo trazia para o animal, para o próprio influencer e para o desequilíbrio da fauna local.

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Meses depois, agora em novembro, uma bomba explodiu e trouxe as consequências do desmatamento a tona, principalmente em Manaus, local onde o TikToker vive. A Intercept apurou alguns dados e dentre eles foi revelado que o avô de Agenor, Elmar Cavalcante Tupinambá, é um dos agropecuaristas responsáveis pelo grave desmatamento, que dentre tantas consequências, resultou em uma névoa cobrindo a região desde outubro.

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Um relatório do Ibama apurou que a região de Autazes perdeu, ao menos, 580 hectares de florestas entre 2005 e 2023. Para a comparação, é como se fossem construídos 540 campos de futebol. O local desmatado virou pasto para búfalos e bois, que os dados levantados mostram que está 13 vezes acima da média estadual. Em outubro, Autazes ficou entre os 10 municípios do Amazonas que registraram queimadas no estado, com a névoa citada cobrindo a cidade.

O Avô

O nome de Elmar Tupibambá surgiu e é mostrado que ele foi multado em fevereiro de 2022 pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, por conta da destruição e danificação de mais de 240 hectares de florestas. Os dados do instituto e do Ibama mostram que ele foi responsável por desmatar 42% do município sozinho. O valor da multa ultrapassou o valor de R$ 1,2 milhões de reais. A fumaça voltou a ser o foco em 4 de novembro, quando ela retornou e interfere no ar e na respiração dos cidadãos amazonenses.

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E Agenor?

O TikToker se pronunciou em dois momentos. Primeiro fez uma live e disse que as ‘as pessoas querem acreditar em qualquer coisa’ e disse que não aguentava mais receber hate nas publicações das suas redes sociais, chamando isto de ‘doença’, além de dizer que está enfrentando uma batalha que as pessoas não sabem, reforçando que irá se afastar das redes:

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Depois, fez um stories onde aparece chorando ao fundo e disse não ser o avô dele e que não é responsável pelos atos de Elmar Tupinambá.

Para quem não lembra, ele também foi multado diversas vezes pelo Ibama por conta de diversas infrações ambientais. O confirmação foi feita no próprio Twitter da instituição, aonde foi relatado que ele foi autuado por uma morte de uma preguiça-real, que ele mantinha como animal de estimação; Maus tratos contra o animal silvestre; Uso de espécies selvagens sem autorização de autoridade competente e exploração de imagem de animal em situação de abuso.

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Por conta das multas, Agenor fez uma vaquinha alegando que não tinha condições de arcar com as dívidas. No final, ao invés dos 17 mil que pedia, ele arrecadou quase 83 mil reais.

No final, mais uma vez, os comentários se dividiram e muitos estão contra a família do rapaz e até contra ele, deixando comentários de ódio em fotos ou apenas analisando os dados divulgados. Outros estão comentando algo positivo depois da live em que aparece chorando. Vale lembrar que o caso da capivara Filó gerou momentos muito controvérsias, como a invasão do Ibama em Manaus, aonde muitos animais estão em recuperação para voltar a vida na fauna.

Por fim, Luisa Mell, uma das grandes defensoras de que a capivara deveria viver sua vida no local onde nasceu e não colocada como um animal de estimação, se pronunciou e ironizou o fato, logo após a divulgação do nome do avô de Tupinambá:

Até o fechamento desta matéria, estas foram todas as informações encontradas e divulgadas.