BBB21: Karol Conká anda em caminho contrário ao da música Bate a Poeira

Por - 13/02/21 às 09:00 - Última Atualização: 6 abril 2021

Reprodução/Instagram

Pelo jeito Karol Conká é oficialmente a “vilã” do BBB21. As atitudes nada boazinhas da cantora e suas fofocas com pitadas de narrativas mais fantasiosas e voltadas à mentira fizeram a sua imagem de mulher poderosa, militante, feminista se apagar diante de comportamentos nada saudáveis para o psicólogico dela e de quem está em volta.

Os novos olhares para a rapper começaram com intensidade após o tratamento dela para com Lucas Penteado, participante do Camarote, assim como ela, que pediu para sair no domingo (7), após dar um beijo em Gilberto e sentir-se esgotado pelos julgamentos de pessoas da casa e da própria mente, pensando nos familiares e amigos. O paulistano também carregava o peso dos erros cometidos em uma festa somado às represálias recebidas dos colegas.

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Então, em uma conversa com Lumena, no dia anterior à desistência de Lucas, Karol sussurrou que não curte “fazer parte de uma novelinha de adolescentezinha“ e é uma mulher “da novela das nove. Eu gosto de novela das nove, gosto de série.”

Pronto! A fala caiu no gosto – ou desgosto – dos internautas. No Twitter, rede social em que o programa vira assunto todos os dias, a galera lembrou que a curitibana foi a voz principal de Malhação – Viva a Diferença. A música Bate a Poeira recebeu uma batida um pouco mais pop, teve o acréscimo do termo “Parte II” no título e foi usada como tema de abertura da novela adolescente, exibida originalmente de maio de 2017 a março de 2018.

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Por ironia do destino, Lucas Penteado viveu o personagem Fio na temporada citada e no dia 22 de janeiro, a TV Globo exibiu o último episódio da reprise de Viva a Diferença. Logo mais, no dia 25 de janeiro, o BBB21 estreou.

Agora, focando na tal canção e a destrinchando aqui e acolá, rola um sentimento de deslocamento, confusão, estranheza.

Em certo trecho de Bate a Poeira, Conká canta:

“Krishna, Buda, Jesus, Alá
Speed Black profetizou
Nosso Deus é um só
Vários nomes pro mesmo criador”

Entretanto, batendo um papo com Lumena, Projota e Nego Di, ela riu, assim como os colegas, enquanto relembravam um momento em que Lumena e Lucas falavam sobre Xangô, orixá com o qual o ator foi iniciado no Candomblé. 

Nego Di imitou a baiana na conversa e tornou o nome da entidade em um “verbo”, fazendo um trocadilho desrespeitoso, aos risos. 

“Eu xangozei”, disse o gaúcho. 

Tal episódio foi lido como intolerância religiosa.

Adiante, na parte em que pode ser lida como uma ponte para o refrão, Conká manda a rima “se errar é humano o erro te liberta”. Ao contrário disso, quando Lucas, Juliette e outras pessoas na casa erraram, ela não deu chance à escuta e os condenou firmemente. 

Com composições marcantes e significativas, que Karoline dos Santos Oliveira lembre-se das contribuições positivas causadas por ela no cenário artístico e mais ainda na vida de muita gente, sem precisar dos discursos duros proferidos no confinamento.

Que ela liberte-se dos próprios erros. 

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Veja abaixo a letra de Bate a Poeira na íntegra:

 

Os perturbados se prevalecem
Enquanto atingidos adoecem
Palavras soltas que aborrecem
Esperança depois de uma prece
 
Um povo com crise de abstinência
Procura explicação para existência
Num mundo onde dão mais valor para aparência
Tem sua consequência
 
Negro, branco, rico, pobre
O sangue é da mesma cor
Somos todos iguais
Sentimos calor, alegria e dor
 
Krishna, Buda, Jesus, Alá
Speedy e Black profetizou
Nosso Deus é um só
Vários nomes para o mesmo criador
 
Pouco me importa sua etnia
Religião, crença, filosofia
Absorvendo sabedoria
Desenvolvendo meu dia a dia
 
Nesse mundo poucas coisas são certas
Amor, sorte, morte a vida que se leva
Do sul para o norte da Ásia a América
Se errar é humano o erro te liberta
 
Seja o que tiver que ser,
seja o que quiser ser
Seja o que tiver que ser,
seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira, bate a poeira
Seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira, bate a poeira
Seja o que tiver que ser
 
O preconceito velado tem o mesmo efeito,
mesmo estrago
Raciocínio afetado falar uma coisa e
ficar do outro lado
Se o tempo é rei vamos esperar a lei
Tudo que já passei, nunca me intimidei
Já sofri, já ganhei, aprendi, ensinei
Tentaram me sufocar mas eu respirei
 
Há tanta gente infeliz com vergonha da
beleza natural
É só mais um aprendiz que se esconde
atrás de uma vida virtual
Gorda, preta, loira o que tiver que ser
Magra, santa, doida, somos a força e o poder
Basta chegar bora levanta a cabeça e vê
Vem cá, viva, sinta o que quiser você pode ser
 
Nesse mundo poucas coisas são certas
Amor, sorte, morte a vida que se leva
Do sul para o norte da ásia a América
Se errar é humano erro te liberta
 
Seja o que tiver que ser,
seja o que quiser ser
Seja o que tiver que ser,
seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira, bate a poeira
Seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira, bate a poeira
Seja o que tiver que ser
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