Ashley Judd se sentiu culpada pela morte da mãe

Em um artigo publicado no jornal “The New York Times”, Ashley Judd criticou as autoridades que a interrogaram pela morte de sua mãe Naomi Judd, por fazê-la sentir-se como suspeita, enquanto segurava em seus braços, Naomi, que se matou com um tirou em abril passado.

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A situação já era difícil o suficiente por ter encontrado a mãe morta, e quando a polícia chegou, ela se sentiu ainda pior pela forma que eles conduziram as perguntas:

“Suponho que eles fizeram o que foram ensinados”, disse. “Os agentes da lei devem ser treinados em como responder e investigar casos envolvendo traumas, mas os homens que estavam presentes nos deixaram sentindo despojadas de qualquer limite sensível, interrogando-me, no meu caso, como se eu fosse uma possível suspeita do suicídio da minha mãe”, reclamou.

A atriz explicou que ao descobrir o que a mãe havia feito, sua reação foi ‘confortá-la’, enquanto sua vida ia ‘desaparecendo’ em seus braços.

Ashley escreveu que considerou “obrigatório” permanecer com os policiais e responder às suas perguntas mais insensíveis.

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“Eu jorrei respostas para as muitas perguntas de sondagem dirigidas a mim nas quatro entrevistas que a polícia insistiu que eu fizesse no mesmo dia em que minha mãe morreu – perguntas que eu nunca teria respondido em nenhum outro dia e perguntas sobre as quais eu nunca pensei em perguntar a mim mesma. Perguntas, incluindo: ‘Sua câmera corporal [do policial] está ligada? Estou sendo gravada em áudio novamente? Onde e como o que estou compartilhando será armazenado, usado e disponibilizado ao público?'”, se questionou a atriz, que no ano passado quase precisou amputar a perna.

Ashley Judd afirma que pediu que queria que o arquivo investigativo sobre a morte de Naomi permanecesse privado, incluindo entrevistas familiares com autoridades:

“Essas informações pessoais e médicas profundamente íntimas não pertencem à imprensa, à internet ou a qualquer lugar, exceto em nossas memórias”, escreveu Ashley.

SAÚDE MENTAL

Ashley Judd rompeu o silêncio em meio à dor da perda para revelar detalhes sobre a morte da mulher, que se suicidou dia 30 de abril, após lutar por vários anos contra seus problemas de saúde mental.

Em entrevista ao programa “Good Morning America”, a atriz explicou:

“Já que não queremos fazer parte dos boatos, vou compartilhar com vocês que ela usou arma. Fim das suposições. Essa é uma informação muito desagradável de revelar, mas entendemos que estamos em uma posição em que, se não a dissermos, outra coisa virá à tona”, afirmou.

“Quando falamos de doença mental, é muito importante ser claro e fazer uma distinção entre a pessoa que amamos e a doença. É real… é selvagem”, disse ela devastada.

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“Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela iria embora, fosse por doença ou por outro motivo”, comentou Judd entre lágrimas sobre sua mãe, que descreveu como uma ‘faladora, uma verdadeira estrela e uma cantora e compositora desvalorizada que sofreu uma doença mental’, contou.

“Tenho tanta dor como trauma por tê-la encontrado”, disse Judd, compartilhando que foi ela quem encontrou a mãe morta.

Naomi Judd morreu um dia antes que ela e sua filha Wynonna, que faziam parte da dupla de música country “The Judds”, serem introduzidas no Country Music Hall of Fame.

Ashley Judd disse que sua mãe “não aguentou” para ser reconhecida por seus colegas.

“Esse é o nível de catástrofe do que estava acontecendo dentro dela. Porque a barreira entre o olhar em que a apreciavam não conseguia penetrar em seu coração e a mentira que a doença lhe contava era muito convincente.”, reclamou a atriz.

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